Brasil tem apenas 2% de empresas empreendedoras, mostra IBGE

31/08/2011 13:03

De 1,9 milhão de empresas brasileiras ativas com pelo menos uma pessoa ocupada, menos de 2% eram classificadas como de alto crescimento, característica internacionalmente relacionada às empresas empreendedoras.

De acordo com pesquisa realizada com dados de 2008 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 30.954, o equivalente a 1,7%, foram classificadas dessa forma. O empreendedorismo, junto com a inovação, é considerado como o mecanismo para impulsionar o crescimento e a estabilidade econômicos.

O efeito da atividade empreendedora dá-se por meio da empresa, de acordo com o IBGE, analisando-se sua manutenção no mercado, capacidade de crescimento e geração de empregos, que tanto refletem a situação econômica do país e da região em que ela se insere, e o quanto promovem de mudanças nessa conjuntura.

As empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas e assalariadas no primeiro ano de observação foram responsáveis pelo crescimento médio do pessoal ocupado assalariado de 20% ou mais ao ano, por um período de três anos, e foram responsáveis pela absorção de 16,7% dos 27 milhões de pessoas ocupadas assalariadas naquele ano, além do pagamento de 16% dos salários e outras remunerações.

De acordo com o IBGE, apesar da baixa representatividade em termos de número de empresas, aquelas que são consideradas como empreendedoras se destacam pelo impacto na geração de empregos. Foram responsáveis pela geração de 2,9 milhões de novas ocupações entre 2005 e 2008, 57,4% do total de ocupações criadas no período.

“Além disso, são muito importantes para o emprego em algumas regiões do país”, informa o instituto. No Norte, por exemplo, 1 em cada 5 empregados assalariados em empresas estavam nas empreendedoras. No Nordeste, o percentual é bem próximo (18,4%).

As empresas empreendedoras também eram responsáveis, em 2008, por 18% do total do valor adicionado e 18,3% das receitas nos setores de indústria, comércio, serviços e construção, além de registrarem 172,4% de crescimento médio em termos de pessoal ocupado entre 2005 e 2008.

O setor da construção aparece como a principal atividade, com 2,9% de empresas de alto crescimento, seguida da indústria (2,1%), serviços (0,7%) e comércio (0,4%). O Sudeste tinha a maior participação (53,6%) no total de empresas de caráter empreendedor do país em 2008, seguido da região Sul (19,6%) e do Nordeste (14,8%).

Já em termos de taxas de empreendedorismo por estado, observou-se uma predominância de estados do Norte e Nordeste nas primeiras posições, com destaque para o Maranhão, onde 25,3% das pessoas ocupadas assalariadas estavam em empresas empreendedoras.

Fonte:IG

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