OMS defende que doenças não transmissíveis podem ter solução low-cost

20/09/2011 09:31

A Organização Mundial de Saúde (OMS) propôs um conjunto de estratégias de baixo custo para reduzir o peso das doenças não transmissíveis em todo o mundo – onde são responsáveis por mais de 60% das mortes.

As sugestões conhecidas ontem foram avançadas numa data que coincide com uma reunião de alto nível sobre esta temática levada a cabo pelas Nações Unidas em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

A adopção das chamadas medidas low-cost em países que tenham apenas rendimentos baixos ou médios poderia custar pouco mais de oito milhões de euros, o que representaria menos de um euro por pessoa, avança a OMS, citada pela AFP.

A mesma fonte adianta que as medidas têm eficácia cientificamente comprovada e que isoladamente nenhuma ultrapassa os 36 cêntimos por pessoa por ano. De entre as medidas destaca-se, por exemplo, a aplicação de impostos indirectos sobre o tabaco e o álcool, bem como rastreios do cancro do colo do útero e a vacinação contra a hepatite B, que permitiria reduzir drasticamente os casos de cancro hepático. Reduzir o fumo em ambientes fechados e o sal e gordura na alimentação são outras das medidas. Já facilitar o acesso a intervenções dirigidas à população em geral nestes mesmos países não chegaria aos 1500 milhões de euros anuais.

A OMS prevê que a epidemia global de doenças não transmissíveis ou crónicas acelere nas próximas duas décadas e que em 2030 o número de mortes por essas doenças alcance os 52 milhões por ano. Doenças não transmissíveis são, muitas vezes, associadas aos países mais ricos, onde a “comida de plástico”, o sedentarismo e o alto consumo de tabaco e álcool se disseminaram, adianta a Reuters. Mas nas últimas décadas, esses factores de risco tornaram-se mais prevalentes nos países mais pobres, onde o acesso a médicos e medicamentos é muito limitado, o que faz com que 80 por cento das mortes sejam nestes locais.

Fonte:Publico.pt

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