21/09/2011 09:12
Em uma prévia do que deve ser seu discurso hoje, na abertura da 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a presidente Dilma Rousseff revelou ontem sua “extrema preocupação” com a crise econômica mundial e os efeitos que pode ter nos países em desenvolvimento. A presidente falou para cerca de 300 convidados em um jantar onde recebeu o prêmio de Serviço Público oferecido pelo instituto americano Woodrow Wilson.
“Os países em desenvolvimento aparecem como um fator positivo na economia global, mas também sofrem os efeitos de uma crise nascida da insensatez e da incapacidade política de comandar a economia”, afirmou a presidente. Em um discurso de pouco mais de 15 minutos, Dilma afirmou ainda que mesmo os países ainda não contagiados pela crise “não podem ficar em uma situação confortável e passiva, olhando os fatos acontecerem”.
A presidente destacou que o Brasil está hoje em uma situação ainda melhor para enfrentar as turbulências econômicas do que em 2008, quando foi um dos primeiros a sair da crise. Dilma garantiu que o País tem mais reservas, um mercado interno ainda maior que três anos atrás e fundamentos econômicos sólidos, mesmo que ainda tenha desafios a enfrentar.
“Um desses desafios é consolidar nosso mercado interno e assegurar que ele garanta não só oportunidades de investimento não só para brasileiros e outros países, mas que um grande mercado interno sirva de âncora para que possamos enfrentar os momentos mais turbulentos dos próximos anos”, disse a presidente.
Cerimônia
Muito emocionada, Dilma chegou a chorar durante a apresentação de um vídeo sobre sua carreira, apresentado antes de seu discurso. Com imagens e declarações retiradas de uma das propagandas da sua campanha eleitoral – feita para apresentar a então candidata à Presidência -, editadas com falas do empresário Jorge Gerdau e da atriz Fernanda Montenegro, o material foi preparado para apresentar a premiada à plateia.
Entre os presentes, diversos empresários brasileiros como o próprio Gerdau, o ex-presidente da Vale do Rio Doce Roger Agnelli e o presidente da rede RBS de Comunicação, Nelson Sirotsky, além de sete ministros e da filha, Paula Rousseff.
Ao final do seu discurso, Dilma agradeceu à presidente do instituto, Jane Harman, pelo prêmio e pelo convite para fazer parte de um conselho de mulheres líderes do mundo, o qual confirmou que irá participar.
Fonte:DGABC