TRIGO: Canadá quer fim do monopólio no cereal

24/10/2011 00:21

A nova legislação, apresentada na terça-feira passada (18/10), obriga o conselho a elaborar um plano de privatização para 2016, mas um alto funcionário do Departamento de Agricultura canadense informou que o conselho poderá recomendar a antecipação dessa mudança, caso receba uma oferta que julgue adequada.
Substituição – Os atuais 15 diretores do conselho, a maioria eleita pelos agricultores, serão substituídos por cinco membros nomeados pelo governo assim que o projeto se tornar lei, provavelmente antes do fim do ano. O ministro da Agricultura do Canadá, Gerry Ritz, afirma que o “livre mercado vai atrair investimentos, encorajar inovação e criar empregos de valor agregado”.
Contra a competição aberta – Entretanto, o conselho, cujas vendas alcançaram 5,1 bilhões de dólares canadenses no ano passado, prometeu continuar sua luta contra a competição aberta, inclusive nos tribunais. Allen Oberg, presidente do CWB, afirmou, com veemência: “A abordagem do governo é ilegal. Ela é contrária aos desejos dos fazendeiros e é prejudicial aos interesses econômicos do Canadá”. Oberg acrescentou que “num tempo em que a economia mundial está vacilante, nosso governo está removendo o sistema que sustenta a estabilidade financeira e os lucros diferenciados com o cereal para os fazendeiros da pradaria”.
Manutenção do monopólio – Quase dois terços dos produtores canadenses de trigo e 51% dos produtores de cevada votou para manter o monopólio num plebiscito organizado durante o verão, como parte de uma ação de retaguarda do conselho. O sistema de comercialização de “balcão único” será encerrado no início da próxima temporada, em agosto de 2012, permitindo aos traders e aos processadores privados lidarem diretamente com os fazendeiros. O conselho vai funcionar como um pool de voluntários.
Companhias privadas – Atualmente, companhias privadas atuam apenas como agentes do conselho, fornecendo o transporte e o manuseio de instalações e infraestrutura. Os maiores “players” com atuação no país são a Cargill, Viterra e a Richardson International, uma companhia baseada em Winnipeg. Bunge e Archer Daniels Midland (ADM) também devem se expandir no Canadá. O conselho previu que provavelmente será engolido por um dos traders do setor privado, como aconteceu na Austrália, porque não tem infraestrutura própria para o tratamento do grão e capital para empréstimos e operações financeiras.

A nova legislação, apresentada na terça-feira passada (18/10), obriga o conselho a elaborar um plano de privatização para 2016, mas um alto funcionário do Departamento de Agricultura canadense informou que o conselho poderá recomendar a antecipação dessa mudança, caso receba uma oferta que julgue adequada. Substituição – Os atuais 15 diretores do conselho, a maioria eleita pelos agricultores, serão substituídos por cinco membros nomeados pelo governo assim que o projeto se tornar lei, provavelmente antes do fim do ano. O ministro da Agricultura do Canadá, Gerry Ritz, afirma que o “livre mercado vai atrair investimentos, encorajar inovação e criar empregos de valor agregado”. Contra a competição aberta – Entretanto, o conselho, cujas vendas alcançaram 5,1 bilhões de dólares canadenses no ano passado, prometeu continuar sua luta contra a competição aberta, inclusive nos tribunais. Allen Oberg, presidente do CWB, afirmou, com veemência: “A abordagem do governo é ilegal. Ela é contrária aos desejos dos fazendeiros e é prejudicial aos interesses econômicos do Canadá”. Oberg acrescentou que “num tempo em que a economia mundial está vacilante, nosso governo está removendo o sistema que sustenta a estabilidade financeira e os lucros diferenciados com o cereal para os fazendeiros da pradaria”. Manutenção do monopólio – Quase dois terços dos produtores canadenses de trigo e 51% dos produtores de cevada votou para manter o monopólio num plebiscito organizado durante o verão, como parte de uma ação de retaguarda do conselho. O sistema de comercialização de “balcão único” será encerrado no início da próxima temporada, em agosto de 2012, permitindo aos traders e aos processadores privados lidarem diretamente com os fazendeiros. O conselho vai funcionar como um pool de voluntários. Companhias privadas – Atualmente, companhias privadas atuam apenas como agentes do conselho, fornecendo o transporte e o manuseio de instalações e infraestrutura. Os maiores “players” com atuação no país são a Cargill, Viterra e a Richardson International, uma companhia baseada em Winnipeg. Bunge e Archer Daniels Midland (ADM) também devem se expandir no Canadá. O conselho previu que provavelmente será engolido por um dos traders do setor privado, como aconteceu na Austrália, porque não tem infraestrutura própria para o tratamento do grão e capital para empréstimos e operações financeiras.

Fonte: Portal do Agronegocio

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