07/12/2011 08:20
Em audiências públicas promovidas ontem pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), médicos e associações antifumo defenderam as propostas que vetam a propaganda e a exposição de cigarros em locais de venda e outras medidas sugeridas pela agência para coibir o incentivo ao uso de tabaco.
A agência defende ainda a proibição de qualquer tipo de abordagem promocional e da realização de pesquisas de mercado, além do maior número de advertências sobre os malefícios do cigarro em locais de venda.
Outra proposta discutida veta o uso de aditivos que conferem sabor doce ou mentolado em cigarros, que para muitos incentivam o consumo de jovens.
Entre os que se manifestaram a favor das medidas, estavam representantes do Inca (Instituto Nacional do Câncer), do CFM (Conselho Federal de Medicina), da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e da OMS (Organização Mundial da Saúde).
De outro lado, produtores de fumo do sul do país questionaram a autoridade da Anvisa e disseram ainda que não há comprovações científicas de que a proibição de propaganda esteja ligada à redução de consumo.
Eles argumentam que as proibições vão prejudicar as famílias que vivem da produção do fumo. O diretor da Anvisa, Agenor Álvares, reconheceu que o governo tem que pensar no destino dos produtores. “O Estado incentivou, por anos, que eles (agricultores) plantassem tabaco, então o Estado tem que, de alguma forma, pensar na solução”, disse Álvares.
Fonte:Vivabem