13/04/2012 10:18
O governo norte-coreano admitiu o fracasso no lançamento de seu foguete para colocar em órbita um satélite de observação.
“Os cientistas, técnicos e especialistas estão analisando as razões deste fracasso”, informou a agência oficial KCNA.
A falha no lançamento já havia sido anunciada por autoridades da Coreia do Sul, mas o governo norte-coreano ainda não havia confirmado o fato.
Fracasso
O foguete lançado pela Coreia do Norte nesta sexta-feira explodiu e se desintegrou logo depois do lançamento, mas a tentativa foi classificada de “provocação” por Coreia do Sul e Estados Unidos, que acusaram o país de disparar um míssil balístico.
“Poucos minutos depois do lançamento, o foguete explodiu e se desintegrou em diversos pedaços” sobre o Mar Amarelo, afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano, Kim Min-Seok.
“Os pedaços caíram no oceano a cerca de 200 km a oeste de Kunsan”, informou uma alta fonte militar citada pela agência sul-coreana Yonhap.
O ministro japonês da Defesa, Naoki Tanaka, disse que o foguete “voou durante pouco mais de um minuto antes de cair no oceano”. O lançamento ocorreu às 7h39 local (19h39 de sexta-feira).
Controvérsia
A Coreia do Norte pretendia colocar em órbita um satélite Kwangmyongsong-3 (Estrela Brilhante) com objetivos pacíficos, segundo Pyongyang, mas os Estados Unidos afirmam que o artefato lançado pelos norte-coreanos foi um “míssil Taepodong-2”.
“Os sistemas americanos detectaram e acompanharam o lançamento de um míssil norte-coreano Taepodong-2 às 18h39 (19h39 de Brasília)”, informou o comando da defesa aérea americano (Norad).
O Taepodong-2 é um míssil balístico intercontinental com alcance entre 6.000 e 9.000 km.
Chamado de Unha-3 pelos norte-coreanos, o foguete foi lançado por Pyongyang do centro espacial de Tongchang-ri, no noroeste do país, para comemorar o centenário de nascimento do fundador da República Popular Democrática da Coreia, Kim Il-Sung, nascido em 15 de abril de 1912 e falecido em 1994.
A Coreia do Sul condenou o lançamento e o classificou de “ato de provocação” que representa uma ameaça à paz e à segurança da península coreana e do nordeste da Ásia, disse o chanceler Kim Sung-Hwan.
Fonte:Band