Leite sustenta pequeno produtor em Mato Grosso

28/08/2012 00:08

Destas mais de 190 propriedades participam do projeto Balde Cheio, voltado à profissionalização da atividade. O número é 54,4% superior a 2011. Atualmente, o Estado produz ao dia 1,8 milhão de litros do produto, sendo o segundo maior produtor da região Centro-Oeste, perdendo para Goiás com cerca de 5 milhões de litros/dia. O preço médio pago pelo litro do leite ao produtor é de R$ 0,65, podendo chegar a R$ 0,80 se qualidade atender as normativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo organizadores do projeto, há produtores no Estado que gastam R$ 0,19 centavos para produzir um litro de leite.

Há três anos em atividade o projeto Balde Cheio, desenvolvido pelo Sebrae-MT em parceria com 25 municípios, conseguiu atingir pouco mais de 190 propriedades leiteiras da agricultura familiar no Estado e conta hoje com 46 técnicos ativos prestando assistência aos produtores. Em 2011 o projeto atingiu a marca de 123 propriedades e contava com 26 técnicos. Segundo o responsável pelo projeto no Sebrae-MT, Aureliano Cunha Pinheiro, o projeto conta também com a parceria de duas cooperativas a Comajul e a Coopernova.

“Dos 141 municípios aproximadamente 99 vivem da cadeia do leite. Aos poucos estamos levando aos produtores o projeto e mostrando a eles que se pode aumentar a produção com custo pequeno. Temos atualmente produtores que desembolsam apenas R$ 0,19 para produzir um litro e recebem R$ 0,65 pelo mesmo. Se a qualidade atender as normativas o valor pago pode chegar a mais R$ 0,15”, comenta Pinheiro.

Conforme o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás (Senar-GO), Marcelo Martins, é preciso que o produtor busque cada vez mais conhecimento, pois só assim conseguirá ampliar sua produção.

Ele, que ministrou a palestra “Tendências e Cenários para o Leite” ontem no Centro de Eventos do Pantanal, comentou que a previsibilidade de preço do litro do leite como ocorre nas demais commodities é algo que não existe. “É a única cadeia no mundo que não se sabe com antecedência o quanto o produtor irá receber”.

Fonte:Portaldoagronegócio

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