29/04/2013 13:45
O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) subiu 0,15% em abril, após ter apresentado alta de 0,21% em março, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
No ano, o indicador –muito usado para reajustar o aluguel– acumula alta de 0,98% e, em 12 meses, avanço de 7,3%.
O resultado deste mês ficou abaixo da média de 0,20% apurada entre projeções de 14 consultorias e instituições financeiras. As estimativas variaram entre 0,13% e 0,31%.
A inflação vem sendo motivo de preocupação, chegando a estourar o teto da meta do governo e levando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, a 7,50%, neste mês.
Na ata dessa reunião, o BC deixou claro que a atual política monetária tem como alvo principal atacar a inflação em 2014, e que vai permanecer “especialmente vigilante” a fim de evitar que a pressão sobre os preços persista.
Dentre os componentes do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), com peso de 60%, registrou deflação de 0,12%, ante alta de 0,01% em março. O IPA de produtos agropecuários acentuou a deflação de 0,70% registrada em março para -1,82% em abril.
O IPA de produtos industriais acelerou, de 0,30% para 0,54%.
As maiores influências negativas no IPA partiram de soja em grão, que passou de -4,78% para -5,49%, e milho em grão, de -3,36% para -10,21%. Outros produtos que contribuíram para baixar a inflação no atacado foram aves (-1,18% para -8,84%), farelo de soja (-12,32% para -7,82%) e cana-de-açúcar (0,29% para -1,40%).
Na outra ponta, as principais influências positivas foram minério de ferro, que passou de alta de 5,88% em março para avanço de 8,33% em abril, seguido de tomate (4,35% para 18,72%), leite in natura (1,78% para 3,36%), batata inglesa (6,80% para 14,19%) e banana (7,57% para 11,53%).
VAREJO
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M, registrou variação de 0,60% em abril, ante 0,72%, em março. A principal contribuição para essa desaceleração partiu do grupo transportes (0,61% para 0,26%), puxado pelo item gasolina, cuja taxa passou de 2,17% para -0,38%.
Desacelerações também foram registradas em educação, leitura e recreação (0,30% para -0,27%), alimentação (1,37% para 1,26%), comunicação (0,47% para 0,04%) e vestuário (0,70% para 0,53%). Os itens que mais contribuíram para estes movimentos foram: show musical (2,68% para -2,42%), aves e ovos (3,00% para -0,65%), tarifa de telefone residencial (0,77% para -0,78%) e roupas (0,73% para 0,69%).
Em contrapartida, os grupos saúde e cuidados pessoais (0,58% para 0,80%), habitação (0,48% para 0,52%) e despesas diversas (0,20% para 0,25%) registraram taxas de variação mais baixas, por conta principalmente de medicamentos em geral (0,30% para 1,41%), tarifa de eletricidade residencial (-1,62% para 0,23%) e acesso à internet em loja (-0,49% para 1,29%), nesta ordem.
CONSTRUÇÃO
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em abril, variação de 0,84%, acima do resultado de março, de 0,28%, como já divulgado pela FGV.
O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,50%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,42%.
O índice que representa o custo da mão de obra variou 1,15%. Na apuração referente ao mês anterior, o índice variou 0,14%.
Fonte: Folha de São Paulo