EUA confirmam recomeço de negociações entre Israel e Palestina na segunda

29/07/2013 00:07

O Departamento de Estado dos Estados Unidos confirmou neste domingo que israelenses e palestinos retomarão nesta segunda-feira, em Washington as negociações diretas de paz suspensas durante um longo tempo e que os Estados Unidos tentava reiniciar.

Em comunicado, a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, anunciou que Israel e a ANP (Autoridade Nacional Palestina) aceitaram enviar altos representantes para retomar contatos durante dois dias, segunda-feira e terça-feira, após o convite feito pelo secretário de Estado, John Kerry.

Kerry conversou hoje por telefone com o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para “retomar negociações diretas” tal como foi anunciado no dia 19 de julho na Jordânia.

O secretário de Estado elogiou a “coragem” e agradeceu a “liderança” de Netanyahu e Abbas, destacando a vontade demonstrada pelos dois líderes para tomar decisões difíceis, consideradas fundamentais pelo representante do governo americano.

As conversas do processo de paz entre israelenses e palestinos tropeçaram constantemente em assuntos como os assentamentos ilegais de ortodoxos judeus, prisioneiros ou a base de referência para que se tracem as fronteiras entre os dois Estados

Editoria de Arte/Folhapress

As negociações de paz começarão seis meses depois dos esforços diplomáticos dos Estados Unidos, e contarão inicialmente com a participação da ministra israelense da Justiça, Tzipi Livni, e o chefe negociador do país, Yitzhak Molcho, além do líder das negociações pela Palestina, Saeb Erekat e o representante do Fatah Mohammed Shtayyeh.

Segundo o Departamento de Estado, esta primeira fase de contatos entre as partes servirá como “oportunidade para desenvolver um plano de trabalho”, com os parâmetros de atuação nas negociações durante os próximos meses.

O anúncio do Departamento de Estado acontece pouco depois que Israel anunciou a libertação de 104 palestinos presos antes do Acordo de Oslo de 1993, como gesto de “boa vontade” para com a Autoridade Nacional Palestina.

O presidente americano, Barack Obama, tinha apontado como prioridade de sua política externa – ainda na campanha de 2008, quando da sua primeira eleição – conseguir um acordo de paz entre israelenses e palestinos, mas as tentativas de mediação sempre fracassaram e acabaram em segundo plano.

Fonte: Folha de São Paulo

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