Cômodo pega fogo e duas crianças morrem queimadas

31/07/2013 23:32

Dois irmãos de 4 e 5 anos de idade morreram queimados, num sobrado do residencial Guanabara Park, no bairro Areão, em Cuiabá, após a despensa onde brincavam, no térreo, pegar fogo, nesta quarta-feira (31).

O incêndio ocorreu por volta das 11h30. Luiz Henrique Zeferino, de 4 anos, e Nixon Ainácio Alves de Souza, 5 anos, eram filhos de uma aluna sargento da Polícia Militar, identificada apenas como Luzmene. Luiz era adotado.

De acordo com informações do coordenador do Centro de Referência Especializada em Assistência Social, Juliano Rabelo, a mãe saiu de casa para comprar o almoço e as duas crianças ficaram com a irmã N., de 15 anos.

A adolescente teria subido para arrumar os quartos e deixou os dois meninos na sala. Minutos depois, ela começou a sentir cheiro de fumaça e desceu para ver o que tinha acontecido.

“Eles morreram abraçados, em um cantinho da despensa”

Ela, então, teria visto que a fumaça saía da despensa. Ao abrir a porta, conseguiu avistar os dois irmãos em um canto do cômodo, que estava em chamas.

A adolescente contou que não conseguiu tirar os irmãos de lá por causa do fogo.

Segundo Rabelo, ela disse ter pego um cobertor para tentar apagar o fogo, mas acabou aumentando as chamas.

Desesperada, ela teria saído correndo da casa para chamar ajuda. Os vizinhos, então, usaram extintores e mangueiras d’água para tentar apagar o fogo e acionaram o Corpo de Bombeiros.

Porém, quando os bombeiros chegaram ao local, cerca de 20 minutos depois, os irmãos já estavam mortos.

“Eles morreram abraçados, em um cantinho da despensa”, disse Rabelo.

Muito abalada, a mãe das crianças recebia o apoio de amigos e de psicólogos enviados pelo Creas para amparar a família.

“As pessoas devem aproveitar seus filhos o máximo que puderem, porque eles não são pra sempre”, declarou a mãe, emocionada.

A jovem de 15 anos foi encaminhada para a casa de parentes, no bairro Tijucal. Segundo Rabelo, ela se culpa bastante pelo acidente e passará por tratamento psicológico, junto com a mãe, para superar o trauma.

Identificação

Técnicos do Instituto de Medicina Legal foram enviados para o residencial, para buscar os corpos e fazer o exame de necropsia.

Segundo Rabelo, os corpos das crianças ficaram completamente carbonizados e os técnicos estão tendo dificuldade para realizar a identificação por meio da arcada dentária.

“Caso não seja possível fazer a identificação dessa forma, será necessário realizar o exame de DNA e o resultado pode demorar cerca de 35 dias. Já estamos em busca da mãe biológica do Luiz Henrique”, disse.

Segundo o coordenador do Creas, somente após ter sido concluída a identificação das vítimas é que os corpos poderão ser liberados pelo IML e as providências para o velório poderão ser tomadas.

Fonte: Midia News
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