Secopa corre contra o tempo para resolver impasse na trincheira Jurumirim

27/08/2013 12:24

Faltando 295 dias para a abertura da Copa do Mundo de 2014, a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) tem mais um abacaxi para descascar. A greve no canteiro de obras da trincheira Jurumirim, a ‘trincheirona’ da Miguel Sutil está comprometendo o cronograma do Mundial e se transformou na dor de cabeça do secretário da Secopa, Maurício Guimarães, desde que retornou da Espanha, onde foi assinar a ordem de despacho dos primeiros 12 trens do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), na semana passada.

Na última segunda-feira, os 150 operários da trincheira cruzaram os braços. Enquanto um grupo alegava não ter recebido o reembolso para passagens, outro grupo, de operadores de máquinas que não recebia salários há dois meses se juntou ao movimento. A paralisação ocorreu porque a construtora responsável pela obra, a Sobelttar-Secopa não vem recebendo os repasses do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte). No mês passado, deveriam ser repassados R$ 52 milhões para obras em Cuiabá, o que não ocorreu.

Para minimizar o problema, o Governo do Estado decidiu aportar R$ 10 milhões para pagamento de salários e despesas com maquinários. O repasse ocorreu na segunda-feira, no entanto, até a tarde desta terça-feira, os trabalhadores ainda não haviam voltado ao trabalho. A obra está com mais de 200 dias de atraso e é uma das que mais preocupam o governo. A menos de quatro meses do fim do prazo de entrega, a obra parece ‘travada’ e ainda não chegou a 50% da conclusão, de acordo com relatório publicado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A assessoria de imprensa da Secopa informou que a secretaria está se concentrando em resolver o problema, embora a competência seja do Dnit. Devido à greve, os repasses não foram feitos. Há dois meses, a obra recebeu as primeiras vigas, mas o ritmo parece muito lento.

Segundo o secretário Maurício Guimarães, a paralisação também é devido à vontade dos trabalhadores de fazer hora extra. “Eles vieram do Nordeste para trabalhar e aproveitar ao máximo o tempo para ganhar dinheiro. Porém, devido à determinação do Ministério do Trabalho, foram impedidos de fazer hora extra. Mas, estamos procurando formas de resolver o problema”, afirmou Guimarães. Segundo ele, o Governo Federal já está buscando soluções para resolver o impasse junto ao Dnit. “Isso ocorrendo, tudo irá se normalizar”, acrescentou. O secretário afirma que nas próximas horas os trabalhos tenham voltado à normalidade na trincheira Jurumirim.

Fonte: Olhar Direto

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