Papel dos EUA na Síria é garantir fim de armas químicas, diz Obama

22/09/2013 13:10

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta terça-feira (24) que o papel dos EUA na guerra civil da Síria é “garantir o banimento” das armas químicas.

Ele reafirmou, diante da Assembleia Geral da ONU, a convicção de que o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, usou armas químicas no ataque de 21 de agosto.

Obama defendeu a posição de que a pressão militar sobre Assad é a única maneira a obter uma saída diplomática para a crise, que já matou 110 mil pessoas em 30 meses.

Obama afirmou que a comunidade internacional não está agindo “à altura” da crise e disse que o Conselho de Segurança deve aprovar uma “resolução forte” para garantir o fim do uso de armas químicas no país, que tenha “consequências” para Assad.

Ele criticou as posições de RússiaIrã, de apoio ao regime sírio, e, em uma alusão velada ao presidente russo Vladimir Putin, disse que é um “insulto” acreditar que o ataque possa ter sido feito por alguém que não as forças de Assad.

Questão nuclear iraniana
Obama voltou a acenar com a via diplomática para o Irã, apesar de ver “grandes obstáculos” no caminho”.

O democrata pediu que a República Islâmica cumpra suas responsabilidades na questão nuclear, com “transparência”.

Obama pediu ao regime iraniano que mostre “ações” que indiquem que não quer se armas nuclearmente.

O democrata afirmou que os EUA vão sempre testar a via democrática, mas, se for necessário, vão “usar a força militar quando a democracia falhar”

Israelenses e palestinos
Falando sobre a crise no Oriente Médio, Obama pediu que líderes palestinos e israelenses assumam riscos para conseguir um acordo de paz, no atual processo mediado pelos EUA, que busca uma solução de dois Estados para a região.

O democrata reafirmou a posição americana de defender a segurança de Israel, mas disse que os palestinos também têm o direito de viver em segurança.

Egito
Em relação ao Egito, em crise após a derrubada do presidente islamita Mohamed Morsi, Obama afirmou que a continuidade do apoio americano ao país vai depender da sua “continuidade democrática”.

‘Coleta de dados’
Já no início do discurso, o americano citou a mudança na política em relação ao uso de drones, para evitar a morte de civis, bem como o papel da prisão de Guantánamo, em Cuba, e mudanças na maneira de “coletar dados”, no que seria uma referência sutil à revelações de casos de espionagem partidos dos EUA, após o incisivo discurso da presidente brasileira Dilma Rousseff, que citou o tema.

Fonte: G1

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