Brasil é o 7º em inovação na América Latina, aponta estudo da Thomson Reuters

30/09/2013 19:43

O Brasil ocupa a 64ª posição no ranking de inovação do mundo. Na América Latina, é o 7º, de 17 países. É o que aponta a pesquisa anual da Cornell University/Insead, divulgada nesta terça-feira (17), em São Paulo, pelo vice-presidente global da unidade de negócios da Intellectual Property & Science da Thomson Reuters, Rob Willows.

De acordo com o levantamento, quando o assunto é produção acadêmica, o Brasil passou de pouco mais de 15 mil artigos científicos publicados em 2003, para quase 47 mil em 2012. O número coloca o país na 14º posição nesse ranking global. No mesmo período, o volume de pedidos brasileiros de patente superou a marca de 150 mil, acima de países como México, Argentina, Colômbia, Peru e Uruguai.

“O desafio de vocês é monitorar e gerenciar a performance das pesquisas feitas pelas melhores universidades. Dos dez maiores detentores e requerentes de registros de patentes no Brasil, cinco são universidades”, afirmou Willows.

Segundo a pesquisa da Thomson Reuters, de 2003 a 2012, quase três quartos dos pedidos de patentes feitos no Brasil foram solicitados por cidadãos não residentes. Para Willows, é fundamental reverter essa estatística. “O Brasil está na direção certa, tem uma produção científica forte e a cada dia aumenta sua inovação. Precisa ampliar sua cultura de propriedade intelectual para transformar esse conhecimento em negócio”, concluiu.

WORKSHOP – A pesquisa foi divulgada a jornalistas e outros profissionais que participaram do workshop Propriedade intelectual e inovação: o impacto no crescimento econômico do Brasil. O evento foi promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e a Thomson Reuters.

No início do evento, o gerente-executivo de política industrial da CNI Pedro Alem apresentou o programa de propriedade intelectual da Confederação e lembrou do compromisso que a presidente Dilma Rousseff assumiu durante seu pronunciamento na instituição, em abril de 2012.

Na ocasião, ela garantiu que iria modificar e modernizar o INPI para aumentar o número de patentes brasileiras. Para Pedro Alem, o país precisa ir mais além. “O Brasil tem que saber proteger e explorar comercialmente os direitos sobre suas inovações”, disse.

O presidente do INPI, Jorge Ávila, falou sobre a importância da propriedade intelectual para a inovação brasileira.  “A possibilidade de se apropriar e gerar economia o é o que faz com o que o mercado de bens intangíveis seja possível e isso é o que torna a inovação economicamente viável”, explicou ao apresentar a demanda do Instituto. Em 2004, houve 16 mil pedidos de patentes. No ano passado, esse número saltou para 33,5 mil e a expectativa é que até o fim de 2013 ele chegue a 40 mil.

Segundo o presidente do INPI, o tempo máximo de concessão de uma patente é de 11 anos, e a expectativa é que em dois anos esse tempo seja reduzido em sete anos. “As patentes são boas para o Brasil”, afirmou Ávila.

SAIBA MAIS
– Acesse o guia de propriedade intelectual para jornalistas da Confederação Nacional da Indústria. Clique aqui.

Por Fábia Galvão e Rafael Monaco, de São Paulo
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Fonte: Portal da Industria

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