Após asfalto ceder, trincheira Ciríaco Cândia apresenta infiltrações e rachaduras

06/01/2014 11:47

Um mês após a trincheira Ciríaco Cândia ter sido inaugurada pelo governador Silval Barbosa (PMDB), a construção já apresenta problemas que vão além dos buracos que apareceu dois dias depois da entrega da obra à população. Agora, a trincheira apresenta infiltrações e rachaduras.

A obra custou R$ 7 milhões, foi executada durante 18 meses pelas empresas Ster Engenharia que desistiu da construção e passou a ser responsabilidade da Métrica Engenharia, além de ser entregue três meses fora do prazo.

Reproução/TVCA
Após asfalto ceder, trincheira Ciríaco Cândia apresenta rachaduras

No entanto, parece que o tempo não foi suficiente para sua edificação com qualidade. Isto porque, qualquer um que passe pela trincheira pode notar que ao longo dos seus tem 459 metros é possível verificar rachaduras e infiltrações.

Em certo ponto da trincheira, a água escorre durante todo tempo e o pior, ela passa pela parede da obra e não pelos vários canos e tubulações que estão expostos na construção. As rachaduras, por sua vez, já são tão latentes que causam pequenos buracos nas paredes.

Se não bastasse estes problemas, a obra já registrava uma falha na pavimentação recém entregue. Inclusive, os buracos já eram vistos antes mesmo de ter havido circulação de veículos.
A expectativa da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) era de que no local passasse 800 veículos, já que juntamente com a ponte Mário Andreazza, a trincheira faz parte do corredor Mário Andreazza e dará acesso a Arena Pantanal.

Contudo, o número ainda não foi atingido, pois a trincheira Ciríaco Cândia está ligada a obra do Santa Isabel que ainda não foi concluída.

Reproução/TVCA
Trincheira Ciríaco Cândia apresenta infiltrações; águas jorram da parede da obra


O problema registrado na trincheira não é novidade nas obras da Copa em Cuiabá. O viaduto da UFMT que custou R$ 23 milhões, por exemplo, é uma construção que desde de sua execução tem causado dor de cabeça para população.

VIADUTO DA UFMT

Em junho do ano passado, foi registrado um problema na viga da obra que teve de ser demolida pelo Consórcio VLT, responsável pelo elevado.

Além disso, o viaduto foi entregue parcialmente, já que as pistas marginais bem como a rotatória serão construídas de forma integrada à execução da avenida Parque do Barbado, que dará acesso à UFMT e conduzirá à Estrada do Moinho.

Após ser entregue, a obra não possuía drenagem, que só foi percebida com a chuva que caiu em Cuiabá e alagou os arredores do viaduto. Situação que piorou com o transbordamento do córrego do Barbado que também não possui sequer um projeto de revitalização e recuperação.

Já no último mês, o viaduto apresentou problemas nas juntas de dilatação. Rachaduras, fissuras e vácuos na junta de dilatação que é preenchido pelo isopor foram constatados no corrimão do elevado.

Rodrigo Vargas
Rachaduras, fissuras e vácuos na junta de dilatação foram constatados no corrimão do viaduto da UFMT


Na ocasião, o Consórcio VLT reconheceu todos os problemas e prometeu que as correções seriam realizadas. Contudo, não foi estabelecido um prazo final.

OUTRO LADO

De acordo com a assessoria da Secopa, o problema na pavimentação está fora da trincheira e o local recebeu apenas uma “capa asfáltica” na ocasião da entrega da obra. Mas que agora, a Métrica Engenharia realizará o asfalto final.

Sobre o problema de drenagem, a Secopa explicou que conforme começa a utilizar os drenos da obra é percebida a necessidade de readequação. Por isso, os ajustes e correções dos drenos já estavam previstos no projeto.

Já sobre as rachaduras nas paredes da trincheira, a secretaria disse desconhecer o problema.

Fonte: Hiper Noticias


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