Jaime se sentia traído e angustiado, diz amigo

21/07/2014 16:27

A desistência de Jayme Campos (DEM) em concorrer à reeleição ao Senado é um dos últimos capítulos de uma história que começou ainda no início do ano. “Após se unir ao grupo político encabeçado pelo candidato ao governo Pedro Taques (PDT), ele passou a viver em um ambiente hostil e ter que, semana após semana, reafirmar sua condição de candidato”, afirma um importante interlocutor do democrata.

Acostumado ao consenso, Campos era bombardeado com boatos lançados por entusiastas do ingresso do PR no grupo, o que faria com que o democrata deixasse a disputa para que Welington Fagundes (PR) fosse o candidato. Cansado dos ataques, Jayme afirmou, antes mesmo das convenções, que se não fosse necessário no grupo sairia candidato de si mesmo, tendo o apoio de “11 partidos”.

Após as convenções, quando foi oficializado, Campos foi duramente atacado por Serys Slhessarenko (PTB), que almejava a vaga. Calado, ouviu todas as críticas esperando uma resposta dos integrantes do grupo, sobretudo Taques, que tentava manter a coligação unida. “Ninguém deu nenhum ‘pio’, quase que legitimando o que ela falou. Isso magoou Jayme demais”.

No entanto, nada foi pior para ele do que a postura dos presidente do PPS, Percival Muniz, e do PSB, Mauro Mendes. “Os 2 estavam tramando, pedindo votos para o Welington, blindando o Taques. Em 2006, quando Jayme fez a dobradinha com Blairo Maggi [então candidato pelo PPS], eles viajavam no mesmo avião. Agora ele ficava sabendo das agendas pela imprensa”.

O estopim da crise teria sido a realização de um ato político, do PSB, em que Jayme nem foi convidado, tampouco teve condições de vincular o seu material publicitário ao evento. “Ele estava muito angustiado e isso fez com que ele se sentisse completamente fora do grupo. Ele já tem uma grande trajetória, contribuiu muito para Mato Grosso e pode curtir a vida e a família”.

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