29/04/2015 17:24
A escassa oferta de bezerros continua prevalecendo em Mato Grosso, onde na semana passada houve valorização de 1,1% (R$ 14,29) para R$ 1.262 por cabeça. Em relação ao mesmo período do ano passado, a cotação do bezerro subiu 29,3%. A alta desta semana do valor do bezerro superou o aumento de 0,45% no preço do boi gordo (R$ 135,06/arroba) e da vaca gorda (126,20/arroba).
Os dados são do relatório semanal sobre a pecuária de corte elaborado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Segundo os técnicos, a baixa oferta de animais para as indústrias frigoríficas segue pressionando a escala de abate, que terminou a semana em 4,99 dias. A programação é inferior à registrada na semana passada, quando os frigoríficos tinham animais para 5,47 dias. Em igual período do ano passado a escala era de 5,96 dias.
No boletim desta semana o Imea divulgou dados sobre a eficiência da pecuária em Mato Grosso, onde a área de pastagem teve redução de 12,9% nos últimos dez anos. “Na prática, mais de 3 milhões de hectares deixaram de ser utilizados para criação de bovinos em detrimento de outros usos, como a agricultura”, dizem eles.
Os técnicos observam que apesar da redução de espaço, o rebanho mato-grossense continuou crescendo e terminou 2014 com mais de 28 milhões de cabeças, acima das 26 milhões de cabeças existentes em 2004. Eles destacam que a produção de carne bovina em dez anos cresceu 62,8% e atingiu 1,3 milhão de toneladas no ano passado.
Eles avaliam que “os números mostram uma década de mudanças positivas tanto na pecuária, como na economia de Mato Grosso, uma vez que a bovinocultura de corte, na estimativa deste ano, representará sozinha mais de 20% do valor bruto da produção agropecuária (VBP)”. Apesar das dificuldades, dizem os técnicos, “Mato Grosso figura como o maior produtor de carne do Brasil”.