29/04/2015 11:36
Dez meses após iniciar a duplicação da BR-163 em Mato Grosso, a Odebrecht TransPort concluiu as obras do primeiro trecho prometido ainda para 2015, segundo seu do plano de execução.
Vinte e dois vírgula sete quilômetros entre o perímetro urbano do município de Rondonópolis (218 km de Cuiabá) ao terminal multimodal de grãos da América Latina Logística (ALL) serão liberados para o usuário da via já no próximo mês.
De acordo com o diretor-geral da Rota do Oeste, Paulo Lins, quando a pista recém-construída for aberta para veículos, a ‘antiga’ vai passar por uma reforma profunda para ficar nos mesmos padrões técnicos do novo segmento.
“Uma vez que todos os trabalhos estiverem concluídos vamos desviar o tráfego para essa pista [nova], que vai operar em duas vias, enquanto recuperamos a pista ao lado. Estimamos em torno de 90 dias para essa reforma”, disse nesta terça-feira (28) Paulo Lins, durante apresentação em Rondonópolis.
A extensão de quase 23 kms foi a primeira no estado a abrir o calendário de intervenções pela iniciativa privada na BR-163 desde que esta foi leiloada dentro do Programa de Concessões de Rodovias, do governo federal, em 2013.
Conforme o Lins, desde junho do ano passado os investimentos nas diferentes frentes de trabalho na BR-163 chegam aos R$ 450 milhões.
“Isso não apenas na obra de duplicação, mas também na recuperação de pavimento, investimentos que foram feitos na compra de equipamentos, entre outras coisas”, afirmou Lins. Por ano, o capital aplicado deve chegar aos R$ 600 milhões.
Ao longo das três décadas, a concessionária assumirá um conjunto de ações que envolve não apenas a duplicação, mas também a manutenção, melhorias, além dos serviços operacionais aos usuários (ambulâncias, serviços de guinchos e demais).
Conforme a Rota do Oeste, empresa da Odebrecht TransPort, todos os serviços previstos na BR-163 no período contarão com investimentos na ordem de $ 5,5 bilhões. Só nos cinco primeiro anos a fatia prevista é de R$ 2,8 bilhões.
Dos 850,9 km sob sua concessão a Rota do Oeste terá que duplicar 453 km. As obras na outra metade da via estão sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Pelo que estipula o programa de concessões, quando 10% das obras de duplicação estiverem prontos, ou cerca de 45 km, a empresa pode iniciar a cobrança de pedágio pela utilização da via.
Ao todo, a extensão total (850,9 km) concedida à iniciativa privada contará com nove praças distribuídas na faixa a qual a empresa será administrará: de Itiquira, na divisa com o Mato Grosso do Sul, até o município de Sinop, no médio norte mato-grossense.
Se o ritmo de obras não sofrer interferências, a cobrança de pedágio terá início em setembro deste ano, conforme prevê a Rota do Oeste.
*O jornalista visitou o primeiro trecho duplicado da BR-163 em Mato Grosso a convite da concessionária Rota do Oeste.
Fonte.: G1 (Foto: Leandro J. Nascimento/G1)