20/05/2015 03:12
Após chegar a ter 80% de sua capacidade ocupada durante a Copa do Mundo de 2014, a rede hoteleira de Cuiabá sofre com demanda em queda e dívidas quase um ano após a realização do evento. A constatação é das entidades representativas do setor, que agora estudam formas de reaquecer o mercado.
De acordo com as entidades, antes da Copa do Mundo a capital mato-grossense contava com aproximadamente 8,5 mil leitos de hotéis. Pensando no movimento da Copa e na expectativa de maior procura pelos atrativos de Mato Grosso após o evento, o setor hoteleiro investiu em estrutura e dobrou o número de leitos às vésperas do Mundial, chegando a 17 mil.
Durante o evento, 80% desta capacidade chegaram a ser ocupados, mas a expectativa de elevação da demanda turística em relação à média anterior à Copa não se realizou. Atualmente, segundo o setor, a rede hoteleira de Cuiabá não chega a usar 50% de sua capacidade, nível inferior até mesmo ao de três anos antes da Copa do Mundo.
Além disso, Ferrer já pensa em outras medidas para manter a sustentabilidade do negócio, como a transformação de alguns quartos em kitnet ou em salas comerciais. Segundo ele, nos 40 anos em que a família tem atuado no ramo hoteleiro em Cuiabá, esta é a pior fase.
De acordo com o presidente da Associação de Hotéis de Mato Grosso, Guilherme Verdum, antes da Copa do Mundo houve muita linha de financiamento e investimento para abertura e ampliação da rede hoteleira de Cuiabá e região, mas tais medidas não foram acompanhadas dos devidos planejamento e estudo de mercado. Como resultado, a concorrência no mercado acabou superando a procura.
Contra esse cenário, o empresariado do setor em Mato Grosso ainda se articula para reaquecer o mercado. De acordo com o secretário adjunto de Turismo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Luiz Carlos Nigro, uma das apostas é implementar estrutura turística nos atrativos do estado e também investir na captação de grandes eventos para Cuiabá sediar, uma vez que houve investimento significativo na estrutura de centros de convenções da capital.
Fonte.: G1