29/05/2015 20:01
O estudo foi realizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) entre agosto de 2012 e julho de 2013. Foram mapeados 260 mil hectares, destes 154 mil (56%) estavam dentro da legalidade e 114 mil (44%) eram ilegais, conforme base de dados do Instituto de o Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
O levantamento ainda apontou os 13 municípios que estão com a situação mais crítica na exploração ilegal, são eles: Nova Maringá, Aripuanã, Porto dos Gaúchos, Marcelândia, União do Sul, Rondolândia, Colniza, Nova Ubiratã, Feliz Natal, Itanhangá, Santa Carmem, Nova Bandeirantes e Juara.
Os dados referentes a 2014 e 2015 ainda não estão fechados, porém, a perspectiva é continuem declinando, conforme explica o superintendente de Infraestrutura, Mineração, Indústria e Serviços da Sema, André Luis Baby, que assumiu a secretaria-adjunta de Bases Florais no período de férias da secretária-adjunta.
Várias operações foram desencadeadas nos últimos dois meses pelo setor de fiscalização da Sema, em conjunto com órgãos federais e estaduais, para conter o desmatamento ilegal e o transporte de madeira irregular advinda em grande parte do desmatamento ilegal. Na distribuição das áreas exploradas ilegalmente, o levantamento mostra que 11% estão em terras indígenas.
Segundo a assessoria de imprensa da Sema, no período de 2011/2012 e 2012/2013, houve um avanço de 346% de explorações nessas terras, foram 2,8 mil hectares no primeiro, contra 12,7 mil hectares no monitoramento posterior. A maioria dos problemas se concentra na região de Aripuanã.
Nas Unidades de Conservação, que representam 1% do total de áreas exploradas, tiveram um aumento de 48% de explorações de um período a outro, de 788 hectares para 1,5 mil hectares. Nos assentamentos rurais, esse incremento chegou a 517%, pois foram 222 hectares no período 2011/2012 contra 1,3 mil hectares entre 2012/2013.
A Sema estuda implantar o licenciamento digital com recursos do Fundo Amazônia, que já está em fase de construção e oferecerá mais transparência e agilidade aos processos. “Essas mudanças visam aperfeiçoar o atendimento não só ao cidadão, como às áreas de monitoramento, fiscalização e proteção ao meio ambiente, que é a vocação primordial da Secretaria”, afirma André Luis Baby.
O total da área desmatada em Mato Grosso vem diminuindo desde de 2004, quando chegou a níveis muito altos: 11.814 km2. No ano passado, esse valor caiu para 1.048 km2, considerando dados do pelo Sistema de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes). A parceria com outros órgãos estaduais, como Indea, Corpo de Bombeiros e PM, e ainda instituições federais, entre elas, Ibama e Incra é um dos pontos destacados pela pasta para o sucesso na diminuição destes números.
Da Redação