29/05/2015 19:11
Com a greve dos motoristas do transporte coletivo em Cuiabá e em Várzea Grande, região metropolitana da capital, a luta contra o tempo para ir ao trabalho ou à escola tem sido intensa. As pessoas que precisaram se deslocar tiveram que recorrer aos meios de transportes alternativos e quem está lucrando com isso são os mototaxistas, que aproveitam o momento para inflacionar o valor das corridas e triplicar o rendimento.
O mototaxista Cristiano de Oliveira, de 25 anos, afirma que o movimento teve aumento significativo, apesar de ser uma situação atípica, e que chegou a lucrar mais de R$ 500 somente nesta quinta-feira (28), primeiro dia da greve. “A procura está sendo intensa porque as pessoas precisam se deslocar e o mototáxis é uma opção. Fiz diversas rotas diferentes ao longo da segunda e a manhã desta sexta (29) também está sendo boa”, concluiu.
Ele contou que chegou a transportar 50 passageiros para diferentes lugares, na Grande Cuiabá, sendo que diariamente o normal é de 10 a 20 pessoas, que dava lucro de, no máximo, R$ 150. Pela procura, Cristiano comenta que muitos moradores estão aproveitando para fazer “bico” como mototaxista, com o objetivo de ganhar um dinheiro a mais nesses dias.
Greve
De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano do Estado de Mato Grosso (STU), a paralisação afeta aproximadamente 345 mil pessoas, que utilizam todos os dias o transporte público nas duas cidades. Existem quatro empresas que são responsáveis pelo transporte de passageiros incluindo a frota municipal e intermunicipal.
A STU ofereceu até o momento o reajuste do salário dos motoristas para R$2 mil, o pagamento de R$120 de ticket alimentação e 8,5% de aumento para os demais trabalhadores. A proposta foi rejeitada pela categoria na assembleia realizada na última terça-feira (26) dia também onde a categoria decidiu pela greve.
A desembargadora Maria Beatriz Theodoro Gomes determinou, em ação movida pelo STU, que seja mantido em atividade 70% da frota de 05h30 às 9h; das 11h às 14h; e das 17h às 20h, e 50% nos demais horários sob pena de multa diária de R$ 30 mil. Porém, a liminar não está sendo cumprida durante a greve dos motoristas de ônibus. O presidente do STETT/CR, Ledevino da Conceição, afirma que falta boa vontade dos empresários para negociar com a categoria. “Falta vontade, pois o reajuste que pedimos é viável. Não pedimos nada absurdo”, destacou.
Fonte.:G1