10/08/2015 14:47
Chegamos ao final da falsidade dos milagrosos santos de pés de barro e do pau-oco
O que se esperar de uma nação em que dois ex-presidentes da República e os presidentes da Câmara e do Senado estão sendo investigados pela justiça?
Os brasileiros, em sua grande maioria, sobrevivem com trabalho honesto, e não entendem as cifras exorbitantes envolvidas no assalto aos cofres públicos.
A raiva da população aumenta a cada dia ao ver o nosso país corrupto sem possibilidade de novas lideranças para nos governar.
Uma parcela razoavelmente grande de políticos sempre foi de ética discutível e protegida por imunidades. Com a retirada das máscaras dos falsos heróis populares, começam a aparecer como são aos olhos do grande público responsável pela sua colocação no poder através do voto.
Falsos moralistas reconhecem que a sociedade mudou e, desesperadamente, tentam “parir” projetos de leis casuísticas tentando deter o curso da história.
Nesse terror, eles enfrentam a coragem de jovens juízes e procuradores que conduzem com eficiência e profissionalismo a célebre operação Lava-Jato, marco da redenção da moralidade nos negócios públicos, revelando as sofisticadas tramoias contra o erário nacional.
Surge uma nuvem de otimismo nessas ações do poder Judiciário. Há um pavor dos corruptos em saber que a ética irá vencer o medo de escolher os portadores de verdadeiros valores morais para comandar os destinos desta nação.
A sociedade brasileira, tão vilipendiada nos seus princípios verdadeiros, sairá mais firme dessa adinamia, em que muitos mitos serão desconstruídos.
Há uma luz de esperança, e é encantador este momento contemporâneo! Chegamos ao final da falsidade dos milagrosos santos de pés de barro e do pau-oco.
A hora é da verdade!
Por GABRIEL NOVIS NEVES é médico em Cuiabá e foi reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).