09/10/2015 18:16
O último levantamento é referente a 2014 e mostra como a atividade perdeu espaço para a soja, cana de açúcar e floresta de eucalipto no Estado.
O rebanho, que crescia a cada ano, atingiu o ápice em 2003, quando alcançou 24,9 milhões de cabeças. Em 2005, eram 24,5 milhões de cabeças. Foi a partir do ano seguinte que o número começou a cair expressivamente, ficou na casa dos 22 milhões entre 2008 e 2010 e caiu para 21,5 milhões, em 2011.
Enquanto isso, em oito anos a área destinada ao plantio de eucalipto no Estado cresceu 566%, saindo de 120 mil para os atuais 800 mil hectares estimados pela Reflore (Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas).
A agricultura também teve crescimento considerável nos últimos anos. A área plantada de soja teve aumento de 62%, entre 2002 e este ano, de 1,415 milhão para 2,3 milhões de hectares. A produção da oleaginosa teve aumento de 115%, de 3,324 milhões de toneladas para 7,177 milhões de toneladas no mesmo período, de acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
O Estado fechou 2014 com 21 milhões de cabeças de gado, o que resultou em paralisação de mais de 15 unidades frigoríficas, gerando uma instabilidade por falta de bois frente a capacidade de abate das plantas. Em setembro deste ano, o JBS reativou setor de desossa, em Nova Andradina, a 300 quilômetros de Campo Grande, depois de demitir 70 funcionários no mês anterior.
Alguns grupos alegaram que o fechamento de unidades não se deu apenas pela falta de animais, que estaria ocorrendo em todo o país, mas em função também da retração no consumo interno. No entanto, o menor volume de oferta de gado da história de Mato Groso do Sul se dá em uma escala inversa a do Brasil.
O país ganhou 16 milhões de cabeças, nos últimos 12 anos. O número passou de 195,5 milhões, em 2003 para 212,3 milhões, em 2014. Isso significa crescimento de 8,5%. O ano de 2007 foi de retração tanto para o Estado, quanto para o Brasil, no entanto, a pecuária passou a se recuperar levando em conta a soma de toda a produção nacional, mas Mato Grosso do Sul não acompanhou este cenário.
Segundo o IBGE, o rebanho do Estado representa 9,9% do total e fica em quarto lugar na lista dos maiores produtores de carne bovina. O primeiro é Mato Grosso, em seguida, estão Minas Gerais e Goiás. A diferença entre a produção de MS e de Mato Grosso é de 7,5 milhões.
Em 2014, o maior rebanho do país estava localizado em São Félix do Xingu (PA), com 2,213 milhões e nos municípios. O segundo município com maior rebanho é Corumbá em MS, com 1,761 milhão Ribas do Rio Pardo. O Estado também aparece na terceira posição do ranking, com 1,099 milhão. Na lista dos 10 mais, MS ainda inclui Aquidauana em nova posição e com 803 mil animais.
Fonte.: Campo Grande News