Mercado fechando operações em queda essa quarta-feira

14/10/2015 23:25

Em um dia de instabilidade e de vencimentos de contratos de opções e futuros do índice, o mercado brasileiro fechou as operações em queda pelo segundo pregão consecutivo. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou em queda de 1,38%, aos 46.710 pontos e com um volume negociado de R$ 15,871 bilhões.

No Brasil, o mercado continuava atento ao cenário político e econômico, uma vez que os operadores não descartavam a possibilidade de o real voltar a se desvalorizar por conta das preocupações em torno de um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em termos de papéis, a queda foi diretamente influenciada pelo desempenho negativo das ações da Petrobras e dos bancos: as ações ordinárias da Petrobras (PETR3) tiveram desvalorização de 2,85%, a R$ 9,56, enquanto as preferenciais (PETR4) recuaram 2,09%, a R$ 7,96. As ações do Banco do Brasil (BBAS3) caíram 0,94%, a R$ 16,81; as do Itaú Unibanco (ITUB4) perderam 0,93%, a R$ 27,71; e as do Bradesco (BBDC4) tiveram baixa de 0,53%, a R$ 22,56.

Já os papéis da mineradora Vale se recuperaram após o tombo de 10% em seus papéis visto no dia anterior: as ações ordinárias da companhia (VALE3) subiram 0,65%, a R$ 18,70, enquanto as preferenciais (VALE5) avançaram 1,34%, a R$ 15,18.

No câmbio, a cotação do dólar comercial fechou em queda de 2,08%, a R$ 3,813 na venda, após a valorização de 3,58% registrada um dia antes. O Banco Central deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) com vencimento programado em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos. Até agora, a autoridade monetária rolou US$ 4,606 bilhões, ou cerca de 45% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.

No exterior, os investidores avaliavam a divulgação de dados da economia chinesa. A inflação do país, medida pelo índice de preços ao consumidor, subiu 1,6% em setembro, abaixo do esperado por economistas (1,8%). Nos Estados Unidos, as vendas do varejo tiveram leve alta de 0,1% em setembro, e os preços ao produtor nos país recuaram 0,5%. Investidores acreditam que a desaceleração chinesa esteja causando efeitos nos Estados Unidos, o que reforçaria a possibilidade de o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) só aumentar a taxa de juros no país em 2016.

Entre os indicadores esperados para quinta-feira, estão os pedidos de auxílio desemprego, inflação ao consumidor e estoques de petróleo e gás natural nos Estados Unidos, além de pesquisa elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referente ao setor de serviços.

Fonte.: Agência Reuters

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