19/10/2015 12:17
Apesar da alta do dólar, o saldo comercial do agronegócio brasileiro caiu 10,14% no acumulado do ano até setembro, ficando em US$ 56,8 bilhões.
Esse resultado foi formado por exportações de US$ 66,9 bilhões e importações de US$ 10,1 bilhões.
O dólar mais forte frente o real, até o momento, tem sido insuficiente para ampliar os ganhos do setor produtivo frente à retração de preços internacionais. Em alguns casos, o benefício cambial até levou à ampliação de volume embarcado, mas o financeiro se manteve estável ou encolheu para determinados produtos.
Diante desse quadro, as exportações apresentaram retração de 11,8% em setembro ante igual mês do ano passado. Já as importações caíram mais, 20,1% no período.
Segundo informações do Ministério da Agricultura divulgadas nesta terça-feira (13) os cinco principais setores exportadores do agronegócio entre janeiro e setembro de 2015 foram complexo soja (participação de 36,6% nas exportações); carnes (16,4%); produtos florestais (11,4%); complexo sucroalcooleiro (8,9%); e café (6,9% nas exportações). Nas importações, também houve queda generalizada dos preços médios e da quantidade adquirida.
Acumulado do ano
Entre os 20 principais parceiros comerciais do Brasil, apenas quatro expandiram as compras de produtos brasileiros no acumulado do ano: Arábia Saudita (+6,0%), Egito (5,2%), Vietnã (24,5%) e Irã (27%). A China, que continua a ser o principal comprador do agronegócio, reduziu suas importações de itens brasileiros no acumulado do ano, de US$ 20,34 bilhões para US$ 18,47 bilhões.
No acumulado de 12 meses, a balança comercial brasileira está positiva em US$ 73,726 bilhões. Em igual período do ano passado esse saldo era maior, de US$ 80,807 bilhões. O resultado do período, até setembro, foi formado por exportações de US$ 87,791 bilhões e importações de US$ 14,065 bilhões.
Fonte.: O Estadão – Contéudo