27/10/2015 11:48
A projeção de instituições financeiras para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) ao fim de 2015 passou de 3% para 3,02%, em seu 15º ajuste seguido, segundo dados divulgados pelo relatório Focus, elaborado semanalmente pelo Banco Central. Para o próximo ano, a estimativa de retração passou de 1,22% para 1,43%, na terceira alteração consecutiva.
A expectativa para a queda da produção industrial este ano segue em 7% pela segunda semana consecutiva. Para 2016, a projeção de retração passou de 1% para 1,5%. Os números para a balança comercial ao fim deste ano subiram pela quinta semana consecutiva, de US$ 13,20 bilhões para US$ 14 bilhões, ao passo que a variação para 2016 subiu de US$ 25 bilhões para US$ 26,30 bilhões.
A projeção para o dólar ao final do ano permanece em R$ 4 pela terceira semana consecutiva (média do período estável em R$ 3,41, também pela terceira semana). Para o fim de 2016, a estimativa para a cotação do dólar subiu de R$ 4,13 para R$ 4,20, e a média do período avançou de R$ 4,03 para R$ 4,05.
A estimativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu pela sexta vez seguida, ao passar de 9,75% para 9,85%, este ano. Para 2016, a projeção está cada vez mais próxima do teto da meta de inflação, que é 6,5%: a estimativa para o próximo ano subiu pela 12ª vez consecutiva, ao passar de 6,12% para 6,22%.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 9,46% para 10,11%, este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa subiu de 9,33% para 9,59%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) segue em 9,86%, este ano.
Para tentar levar a inflação ao centro da meta em 2016, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros, a Selic, por sete vezes consecutivas. Nas duas últimas reunião, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano – prognóstico que foi mantido pela décima terceira semana consecutiva, com a média do período permanecendo estável em 13,63% pelo mesmo período de tempo. Para 2016, a estimativa para a taxa básica de juros foi ajustada pela terceira semana consecutiva, de 12,75% para 13%, ao passo que a média avançou pela sétima semana consecutiva, de 13,83% para 13,88%.
A estimativa dos entrevistados para o déficit em conta corrente no país foi mantida em -US$ 65 bilhões, enquanto a variação para 2016 sofreu seu quinto ajuste consecutivo, de -US$ 47,75 bilhões para -US$ 46,35 bilhões. No caso da dívida líquida do setor público, a variação para o fim deste ano passou de 35,65% para 35,85% do PIB, e os números para 2016 foram mantidos em 39,20%.
A projeção para a alta dos preços administrados passou de 16% para 16,11%, este ano, e de 6,35% para 6,60%, em 2016.
Fonte.: Jornal GGN