Balança fecha janeiro com superávit de US$ de 923 milhões

02/02/2016 07:05

Conforme os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), este é o primeiro superávit para meses de janeiro desde 2011. No mesmo período do ano passado, foi registrado déficit de US$ 3,170 bilhões

O primeiro mês de 2016 teve saldo positivo de US$ 923 milhões na balança comercial brasileira – resultado de exportações de US$ 11,246 bilhões (média diária de US$ 562,3 milhões)  e importações de US$ 10,323 bilhões (média de US$ 516,1 milhões).

Segundo o diretor do Departamento de Estatísticas e Apoio à Exportação da Secretaria de Comércio exterior do MDIC, Herlon Brandão, o resultado foi influenciado principalmente pelas exportações de aviões, produtos do setor automotivo e agrícolas, como milho – cuja exportação foi recorde de 4,5 milhões de toneladas – e soja em grão.

Apesar do superávit alcançado no mês, as vendas externas do país tiveram queda de 13,8%, pela média diária, em relação a janeiro de 2015, e retração de 26,3% na comparação com dezembro do ano passado. Neste mesmo comparativo, as importações decresceram 35,8%, em relação a janeiro do ano passado, e aumentaram 7,7%, na comparação com dezembro de 2015.  A corrente de comércio alcançou o valor de US$ 21,568 bilhões – queda de 25,9%, pela média diária.

Brandão explicou que, no caso das exportações, o índice quantum, que mede os volumes exportados, apontou crescimento de 8,4%, na comparação com janeiro de 2015. Já os preços dos produtos vendidos caíram 20,4% na mesma comparação. No mês, em relação ao mesmo período do ano passado, houve queda nas exportações das três categorias de produtos: semimanufaturados (-21,3%), básicos (-14,7%) e manufaturados (-8,3%).

No grupo dos semimanufaturados, caíram, principalmente, as vendas de ferro fundido (-67%), semimanufaturados de ferro e aço (-53,9%), açúcar em bruto (-45,6%), óleo de soja em bruto (-32,8%), ferro-ligas (-13,6%), e couros e peles (-12,2%). Por outro lado, cresceram as vendas de catodos de cobre (+45%), celulose (+21,9%) e alumínio em bruto (+7,3%).

No grupo dos básicos, decresceram as exportações de fumo em folhas (-45%), minério de ferro (-42,4%), café em grão (-30,2%), petróleo em bruto (-28,3%) e minério de cobre (-17,7%). Registraram crescimento os embarques de soja em grão (+341,6%), algodão em bruto (+74,8%), milho em grão (+30%, para US$ 735 milhões), carne suína (+15,2%) e farelo de soja (+8,4%).

Nos manufaturados, houve queda nas vendas, principalmente, de açúcar refinado (-45,9%), máquinas para terraplanagem (-42,9%), suco de laranja congelado (-26,3%), motores para veículos e partes (-25,3%), autopeças (-24,3%), e laminados planos (-12%). Os principais aumentos foram registrados nas exportações de aquecedor/secador e partes (1600%), automóveis (+115,9%), aviões (+49,9%), tubos flexíveis de ferro/aço (+33%), polímeros plásticos (+26,7%), e veículos de carga (+24,9%).

No mesmo comparativo com janeiro de 2015, decresceram as importações de combustíveis e lubrificantes (-60,6%), bens intermediários (-35,4%), bens de consumo (-28,8%) e bens de capital (-21,8%). Brandão explicou que o grupo de “combustíveis e lubrificantes” foi influenciado pela redução nas aquisições de óleo diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP). Também foi observada retração dos preços de carvão, gás natural, óleos combustíveis e gasolina.

No segmento dos bens de consumo, as principais quedas foram verificadas nas importações de automóveis de passageiros, equipamento de transporte não industrial, bens de consumo duráveis, bens de consumo semiduráveis e alimentos e bebidas para consumo doméstico. Entre os bens intermediários, caíram, em janeiro, as aquisições de insumos industriais básicos e elaborados, peças e acessórios para bens de capital, alimentos e bebidas para indústria e peças para equipamentos de transporte. Com relação a bens de capital, decresceram as compras de equipamentos de transporte industrial e bens de capital.

 

Fonte - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior