Efeitos da Operação Lava Jato

18/02/2016 07:02

MP da Leniência – Odebrecht Leva a milionária quantia de R$ 188 milhões pela sua subsidiária, Brasken; Fazendo escolhas de compradores sem licitações ou transparência, ativos da Petrobras tornam-se suspeitos.

Odebrecht & Brasken

A medida provisória 703, a MP da Leniência, iniciativa cara-de-pau que blinda empresas enroladas em escândalos de corrupção, já produz os seus efeitos: foram liberados R$ 188,2 milhões públicos à Braskem, subsidiária da Odebrecht, enroladíssimas na Lava Jato, através de financiamento da Sudene, com recursos do FDNE. O dinheiro é para “modernizar” o Centro de Petroquímicos de Camaçari, da Braskem.

Braskem

Ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa revelou à PF que levou propina da Braskem para agilizar a venda de nafta pela estatal.

Paulo Roberto disse que recebeu da Braskem, de 2006 a 2012, uma média de US$ 3 milhões a US$ 5 milhões por ano, em contas na Suíça.

O ato que beneficia a Braskem é de Ricardo A. Barros, diretor da Sudene, e o dinheiro é do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste.

A MP da leniência vigora desde 21 de dezembro, após a canetada de Dilma, e tem efeito de lei por até 90 dias sem aprovação do Congresso.

 

Ativos Petrobras

As regras para venda de ativos da Petrobras são até inovadoras, mas esquisitas. A cara do PT. A estatal escolhe um financial adviser para identificar interessados, por exemplo, numa usina termoelétrica. O escolhido terá acesso às entranhas da usina à venda, para confirmar ou não o interesse. A rigor, a Petrobras é que escolherá o felizardo, sem licitação, no escondidinho da sala de reunião. A cara do PT.

petrobras1

Na Petrobras, garante-se que as regras de venda de ativos são para impedir gatunagem, mas fica parecendo o contrário. A cara do PT.

O problema das novas regras de venda de ativos é que a Petrobras mantém intocável um velho cacoete: o processo não é aberto.

É curioso como a Petrobras, com a Operação Lava Jato na rua, ainda fixa regras tão vulneráveis a suspeição, para vender ativos bilionários.

 

Da Redação com informações da Coluna Cláudio Humbero