01/03/2016 18:31
A saída do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, é uma antiga reivindicação petista. Por outro lado os delegados da Polícia Federal a veem com preocupação.
Foi confirmado nesta manhã de segunda-feira (29) que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deixará o cargo. Em seu lugar assumirá Wellington César, ex-procurador-geral de Justiça da Bahia, homem de confiança do ministro chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.
A insatisfação de setores e militância do PT fez com que a queda de Cardozo fosse antecipada. Entretanto, ele continuará próximo a presidenta Dilma, ocupando cargo na Advocacia Geral da União.
Na manhã de hoje, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal emitiu nota em que define como “preocupante” a saída de Cardozo.
Nota à Imprensa
Os Delegados da Polícia Federal receberam com extrema preocupação a notícia da iminente saída do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em razões de pressões políticas para que controle os trabalhos da Polícia Federal.
Os Delegados Federais reiteram que defenderão a independência funcional para a livre condução da investigação criminal e adotarão todas as medidas para preservar a pouca, mas importante, autonomia que a instituição Polícia Federal conquistou.
Nesse cenário de grandes incertezas, se torna urgente a inserção da autonomia funcional e financeira da PF no texto constitucional.
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal permanece compromissada em fortalecer a Polícia Federal como uma polícia de Estado, técnica e autônoma, livre de pressões externas ou de orientações político-partidárias.
Contamos com o apoio do povo brasileiro para defender a Polícia Federal.
Da Redação