À Dilma a renúncia e a Lula a prisão, diz Bueno

03/03/2016 17:33

Após a delação de Delcídio do Amaral divulgada pela revista IstoÉ, Rubens Bueno (PPS) diz que para Dilma resta a renúncia e para Lula a prisão.

O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno, defendeu nesta quinta-feira, após a divulgação pela revista Istoé da delação do ex-líder do governo, senador Delcídio Amaral (PT-MS), que a presidente Dilma Rousseff, acusada de interferir no andamento da operação Lava Jato, renuncie imediatamente o cargo. Com relação às revelações feitas por Delcídio sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado do PPS afirma que só há um caminho: a prisão.

“Esse governo não tem mais para onde ir. Não há outro caminho que não seja o que passa pela renúncia imediata da presidente Dilma e pela prisão de Lula. Eles agiram de forma planejada para obstruir a Justiça. As revelações feitas pelo senador Delcídio são estarrecedoras e mostram a que ponto chega o PT para proteger sua organização criminosa”, disse Rubens, que acredita que a partir de agora o senador vai precisar de proteção policial. “Seu depoimento atingiu muita gente que não tem limites para perpetuar seus crimes”, alertou o parlamentar.

Convocar Envolvidos

Rubens Bueno também adiantou que a oposição vai apresentar requerimento para convocar no plenário da Câmara o ex-ministro da Justiça e atual advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, acusado de, junto com Dilma, ter tentado interferir três vezes na operação Lava Jato com o objetivo de soltar empreiteiros e dirigentes do PT acusados de corrupção. Outro personagem que a oposição quer ouvir é o ministro Marcelo Navarro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em sua delação, o senador Delcídio afirma que Dilma teria feito a nomeação dele em troca do compromisso de soltura de presos e aceitação de recursos, no âmbito do STJ, dos envolvidos na operação Lava Jato. “O ideal é que ele se explique de maneira espontânea. Se isso não acontecer vamos avaliar uma forma de ouvi-lo na Câmara”, adiantou. A oposição também avalia ouvir Lula e o própria senador Delcídio.

O líder do PPS disse ainda que a delação de Delcídio reforça a mobilização contra a presidente Dilma e o governo do PT marcada para o próximo dia 13 de março e também dá mais fôlego ao processo de impeachment da petista. No entanto, reconhece o deputado, para o andamento do impeachment é necessário que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), outro alvo da operação Lava Jato, deixe o cargo ou tenha o mandato cassado. “O presidente da Câmara preside a Casa como se nada tivesse acontecido e a presidente Dilma finge que nada acontece e coloca o país cada vez mais no buraco. Vivemos uma situação em que os dois se protegem. Eles precisam deixar os cargos”, defendeu Rubens Bueno.

 

Da Redação com informações do Diário do Poder