03/05/2016 13:14
Turbulência e incertezas no cenário político do Brasil, acentua a crise econômica o qual, mesmo com expectativas dos investidores sobre um novo governo, segue em ‘queda livre’.
Matéria publicada nesta terça-feira (3) no Financial Times, fala sobre o momento atual em que o Brasil atravessa uma grande turbulência na política, com a presidente Dilma Rousseff sofrendo um processo de impeachment e a economia necessitando de reformas para conter a inflação e se recuperar de uma grave recessão.
O jornal norte-americano acredita que a maioria dos analistas condenam o governo, não pelas chamadas pedaladas fiscais, mas sim por romper a história de crescimento de uma das economias mais promissoras do mundo. A realidade, destaca o FT, é que mesmo com o afastamento da presidente após a votação que acontecerá no dia 11 de maio, a maior vítima da crise política, que é a economia, continuará precisando ser olhada bem de perto e reformulada.
“A questão principal tem sido a crise política”, diz Ricardo Camargo Mendes, sócio da consultoria Prospectiva. “Resolvendo a crise política, a recuperação econômica vai acontecer.”
O diário ressalta que sob a gestão de Dilma Rousseff, o produto interno bruto do Brasil diminuiu seu crescimento de 7,5 por cento em 2010, ano anterior ao que ela assumiu o cargo, a uma contração de 3,8 por cento no ano passado, um balanço abaixo de 11 pontos percentuais no total.
Para finalizar, o jornal diz que o vice-presidente Michel Temer vai herdar uma economia sofrendo sua pior recessão, e segundo previsões do FMI, o crescimento deverá ser negativo em 3.8 por cento novamente este ano. Mas alguns a inflação parece começa a dar sinais de diminuição.
“O pior da crise já passou”, diz Marcelo Costa, presidente-executivo da Engebanc, uma consultoria imobiliária. Ele diz que os preços no mercado de escritórios caíram até 60 por cento, mas esperava que os mesmos se recuperam no período de seis meses a um ano.
“Nós estamos vendo que com o fim da crise política, a economia vai começar a crescer novamente”, diz ele.
Da Redação com informações do Jornal do Brasil