04/07/2016 11:26
Commodities alimentam quinta alta seguida do Ibovespa. Alta nos preços de matérias-primas favorece Vale e Petrobras. Dólar sobe com ação do Banco Central
O Ibovespa engata a quinta valorização seguida nesta segunda-feira (4) sob o impulso da alta de commodities metálicas e do petróleo, o que eleva ações como Vale e Petrobras.
Em sessão de menor liquidez por conta do feriado nos Estados Unidos pelo Dia da Independência, a redução da aversão ao risco segue favorecendo as matérias-primas, mas as bolsas europeias recuam depois dos fortes ganhos da semana passada.
Na agenda de indicadores, destaque para o relatório Focus, do Banco Central. Economistas melhoraram a projeção para a inflação neste ano após seis semanas, mas passaram a ver o início do corte da taxa básica de juros mais à frente.
Neste contexto, por volta de 10h15, o Ibovespa subia 0,76%, aos 52.650 pontos. O principal índice da Bolsa acumulou alta de 4,25% na semana passada.
No câmbio, o dólar à vista, referência do mercado financeiro, tinha valorização de 0,42%, cotado a R$ 3,2491.
O BC voltou a atuar no câmbio hoje com mais um leilão de 10 mil contratos de swap cambial reverso – operação equivalente a uma compra futura de dólares. Em entrevista ao Valor, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, indicou que a autoridade monetária deve continuar fazendo intervenções no mercado cambial.
De acordo com Ilan, foram abertas as condições internacionais e domésticas para reduzir os estoques de swaps cambiais tradicionais – correspondentes a uma venda futura de dólares. O objetivo, porém, é manter o regime de câmbio flutuante.
Também em foco, a Polícia Federal lançou nesta segunda-feira a 31ª fase da operação Lava Jato, cumprindo mandados em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, para apurar esquema de corrupção em contratações envolvendo a Petrobras. A operação, chamada de Abismo, tem como principal alvo o ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira
Em entrevista à revista Veja, presidente interino, Michel Temer, declarou que a Lava Jato não vai abalar o governo. Ele também disse que pretende privatizar o que for possível.
Por Gustavo Kahil e Marcelo Ribeiro, jornalistas e especialistas no mercado