Exportações – As dificuldades para competir fora do país

08/08/2016 11:58

Pesquisa expõe os gargalos para competir fora do país e as insatisfações de quem já exporta, como custos para transportar produtos, tarifas elevadas e falta de apoio do governo

O aumento das exportações é um dos caminhos apontados por economistas para tirar o Brasil da crise. Com um câmbio mais favorável do que em anos passados, os produtos brasileiros vêm ganhando competitividade no exterior. O dólar, que dois anos atrás era cotado a menos de R$ 2,30, está agora na casa dos R$ 3,20.

Mas apesar da melhora recente nas vendas para o exterior, os empresários apontam problemas para exportar. Uma pesquisa feita pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas foi ouvir 847 empresas para saber quais as principais dificuldades enfrentadas na hora de vender para outros países.

Em 2015, mais de 20 mil empresas brasileiras venderam seus produtos em outros países. A equipe da pesquisa apresentou aos entrevistados 62 possíveis entraves ao comércio exterior e pediu que eles fossem classificados do menos ao mais problemático.

Principais obstáculos
  • Custo do transporte
  • Tarifas cobradas por portos e aeroportos
  • Baixa eficiência governamental no apoio à superação das barreiras às exportações
Logística

O “custo do transporte” foi escolhido como maior obstáculo em todas as cinco regiões do país. E essa visão não depende do tamanho da empresa: desde as micro até as grandes, todas apontaram o item como maior dificuldade.

Em segundo lugar na lista geral de reclamações estão as tarifas cobradas por portos e aeroportos.

COMO OS PRODUTOS SAEM DO BRASIL

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Apoio do governo

A “baixa eficiência governamental no apoio à superação das barreiras às exportações”, terceiro maior obstáculo, é um problema ainda maior para as empresas pequenas, segundo dados da pesquisa. Elas são mais dependentes de apoio para as operações complexas envolvidas na exportação, por isso sentem mais as barreiras tarifárias.

Outros entraves ligados à burocracia e ao governo estão nas primeiras posições. Há reclamações sobre “leis conflituosas, complexas e pouco efetivas” e “excesso e complexidade dos documentos de exportação”.

Mercados mais desejados

Entre os alvos preferenciais dos exportadores brasileiros para os próximos anos, os Estados Unidos se destacam como destino preferido. O mercado é o mais desejado entre exportadores, que cobram do governo um acordo comercial para a redução de barreiras alfandegárias.

MENOS BARREIRAS

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DESTINOS PREFERENCIAIS

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Por José Roberto Castro