18/04/2017 11:39
Segundo o FMI, Brasil começará a respirar fora da recessão com tímido crescimento de 0,2% ainda em 2017. Já em 2018, órgão prevê aumento do PIB entre 1,5% e 1,7%
O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve a projeção de crescimento do Brasil de 0,2% feita em janeiro. Segundo o FMI, em 2018, o PIB brasileiro terá um desempenho ainda melhor, com elevação de 1,7%, 0,2 ponto percentual a mais do que o previsto pelo órgão em janeiro.
De acordo com o FMI, o Brasil deve emergir aos poucos de uma das piores recessões enfrentadas em sua história e projeta que no quarto trimestre deste ano o PIB terá um ritmo de alta de 2,0%, em termos anualizados, ante o mesmo período de 2016.
Nos últimos três meses de 2018, o País deve apresentar uma elevação de 1,7% ante outubro e dezembro de 2017, também em base anualizada. No apêndice estatístico do documento, o Fundo indica que espera um crescimento de 2,0% para o Brasil em 2022.
Os dados fazem parte do relatório Perspectivas Econômicas Globais, divulgado nesta terça-feira, 18, que diz que a melhora da situação do Brasil é resultado de “uma menor incerteza política, da distensão da política monetária e do avanço do programa de reformas”. “A previsão é que recupere gradualmente o crescimento e continue em ritmo moderado.”
O FMI advertiu, porém, que, no final do ano passado, “o investimento e o PIB ainda não tinham chegado ao ponto mais baixo” e que, em alguns dos estados do país, “a crise fiscal continua se aprofundando”. Além disso, o fundo constatou que “a inflação continua surpreendendo por seu baixo nível, o que aumenta as perspectivas de aceleração da expansão monetária”.
“Prevê-se que o crescimento se recupere gradualmente e se mantenha moderado. Com esse pano de fundo, as perspectivas macroeconômicas do Brasil estão submetidas à implementação de ambiciosas reformas estruturais de caráter econômico e fiscal”, acrescenta o relatório.
O FMI destaca ainda que “são necessárias reformas para reforçar o potencial do crescimento não somente para restaurar e melhorar o padrão de vida depois da recessão profunda, mas também para facilitar a consolidação fiscal”. Entre os fatores imperativos no Brasil para ampliar investimentos e produtividade estão combater os gargalos de infraestrutura, simplificar o sistema tributário e reduzir barreiras para o comércio exterior.
Da Redação com informações da Agência Estado