31/03/2018 10:41
”Enquanto isso, o desemprego beira os 13 milhões de cidadãos, o custo de vida amplia-se a olhos vistos e a ameaça do aumento de impostos bate à porta.”
Quinta-feira, enquanto o Senado inteiro solidarizava-se com Vanessa Grazziotin, dias atrás agredida no aeroporto de Curitiba, o líder do PT, Humberto Costa, agredia violentamente o presidente Michel Temer.
A senadora pelo Amazonas teve o telefone celular arrancado de suas mãos e os cabelos puxados por um troglodita que ainda a atingiu com um soco, além de uma saraivada de palavrões disparados por conta de sua atuação em defesa da ex-presidente Dilma Rousseff, horas antes, no plenário. O presidente do Senado, Renan Calheiros, mandou identificar e processar o agressor, iniciativa já em andamento.
O diabo é que o senador Humberto Costa, se não puxou os cabelos nem desferiu um soco no presidente da República, que se encontrava no Maracanã, no Rio, endereçou-lhe adjetivos de profunda virulência, que nos escusamos de repetir.
Fez mais, o senador por Pernambuco: prometeu que daqui por diante o governo será tratado como a torcida do Náutico trata o juiz que marcou pênalti contra seu time.
Assim transcorre a vida política entre nós. As manifestações, dentro e fora do Congresso, fariam coroar um frade de pedra, como diziam nossos avós.
Em boa coisa não vão dar os entreveros parlamentares e as passeatas de protesto contra o governo, espalhadas por todo o país. Logo o selvagem de Curitiba se terá multiplicado por todo o território nacional. Aliás, repetiram-se em Recife, João Pessoa, São Paulo e outras capitais os gestos animalescos de contendores variados, onde não tem faltado os ponta-pés do aparelho policial e as depredações de bandidos e baderneiros.
Michel Temer e seus ministros já alardeiam não levar mais desaforos para casa, dispostos a reagir contra acusações e agressões.
Enquanto isso, o desemprego beira os 13 milhões de cidadãos, o custo de vida amplia-se a olhos vistos e a ameaça do aumento de impostos bate à porta.
Por Carlos Chagas