Opinião – 30 anos de corrupção

28/08/2018 11:37

”Aviso para os donos da comunicação e lambaios a seu serviço: Façam bom proveito de suas falsas e tendenciosas pesquisas e de suas tentativas de iludir a população…”

Ainda me lembro como se fosse ontem que, por volta do ano de 1973, em razão de um episódio qualquer, me chegou às mãos uma cartilha escrita em papel ordinário, uma brochura editada com dinheiro vindo da “Internacional Socialista”, pelo então nominado “Pecebão” – Partido Comunista do Brasil. A publicação me foi entregue como uma curiosidade por um oficial da Marinha ligado à “Comunidade de Informações” que rastreava as atividades subversivas e terroristas de toda essa canalha que acabou no Governo nas últimas décadas.

Recordo-me, também de que, na ocasião, aquele amigo disse que a tal cartilha havia sido encontrada no meio de uma enorme quantidade de publicações, panfletos e escritos de toda sorte quando foi “estourado” um dentre as centenas de aparelhos comunistas usados como células para implantação de uma ditadura do proletariado. Era muito moço na época e me impressionou a descrição do tal esconderijo: um lugar sujo, mal organizado, sombrio, cheio de gente despreparada e inculta, bêbada, drogada e, sobretudo, com mau odor. Até hoje as palavras do saudoso amigo de bancos de colégio ressoam nos meus ouvidos. Nesses aparelhos viviam como bichos, sempre uma pessoa de mais idade acompanhada de outras muito jovens. Eram moças desgrenhadas, descompostas e, relevem a deselegância na abordagem, mas todas eram malcheirosas.

Não me interessei pela publicação que ficou jogada em um canto até que um dia, passados alguns anos, resolvia ler a obra panfletária. A surpresa foi enorme. Lá estava dito e exigido, com muita ênfase e autoritarismo, uma mudança radical na ação subversiva para combater o Governo e a Revolução de 1964. Toda explicação doutrinária, cada argumento, qualquer caminho sugerido indicava que a esquerda no Brasil deveria abandonar a luta armada que se considerava perdida, não só por conta da temida força do regime vigente, bem como, também, porque o confronto direto era incompatível com o caráter pacífico de nossa gente, que jamais participaria daquela guerra, como ocorrera em outros países socialistas ou comunistas.

Seguindo uma linha de conduta fria, sorrateira e covarde se recomendava flanquear as forças de segurança e, de soslaio, minar sua resistência, destruindo os valores de nossa sociedade, em especial a família e a cultura judaica cristã, visando a tudo substituir pela “família do partido” onde filhos podem e devem denunciar os pais e pelo agnosticismo ideológico.

A nova ordem era abandonar os ensinamentos de Karl Marx pregados até então para atingir os agentes do capitalismo como meio de destruí-lo e se fixar nos agentes da sociedade (a família, a propriedade, a moral, a ética, a cultura/artes, a religião) uma vez que eram estes sim que davam sustentação ao modelo capitalista e não o contrário.

A lógica era simplesmente a seguinte: se fossem destruídos os agentes que sustentavam os valores de uma sociedade liberal e capitalista, esta seria destruída inevitavelmente. Tudo isso tem raiz na proposta de um ideólogo psicopata chamado Antônio Gramsci, cuja teoria naquela altura chegava ao Brasil.

Para alcançar tais objetivos, a cartilha recomendava: há que se influenciar os jovens, porque na medida em que são inexperientes e visionários são facilmente, convencidos. Igualmente dizia alegando motivos semelhantes, que deveriam ser atacados os professores, os jornalistas, o clero, os médicos e as minorias que na época chamavam de invertidos ou afeminados. Relativamente aos negros e aos favelados não diziam muita coisa. Não sei por quê…..

Verifica-se que decorridos 40 anos daquela época o plano deu certo para a esquerda delinquente brasileira. Vejam o que temos nos dias de agora. Uma classe estudantil cativa da esquerda mais retrógada, burra e incompetente. As universidades do Brasil transformadas em verdadeiros antros comunistas. Os grandes conglomerados da comunicação cativos da esquerda doente e raivosa com seus enlouquecidos deformadores de opinião. A arte e a cultura alvos da exploração da “esquerda champanhota” e medíocre. A Igreja Católica tomada por padres vermelhos e com o botão do PT por debaixo da batina e toda uma histérica horda de furiosos “ismos” (racismo, gayzismo, feminismo, machismo, abortismo) lutando pela erradicação da família cristã, pela cizânia em razão de sexo, de raças, de gênero e pelo ódio entre as classes.

A isso se acrescente o surgimento dos movimentos sociais, financiados com dinheiro de Cuba e de Moscou, que trouxeram para dentro deste País o “Foro de São Paulo” – fundado por FHC, Lula, Zé Dirceu, Ciro, José Serra, Aloísio Nunes dentre outros maus brasileiros – bem como, no futuro, o aparecimento das ações estagnantes e ineficientes de Marina Silva, das ONG’s socialistas, do MST de Stédile, do MTST de Boulos, todos destinados a colaborar no sonho de ‘cubanizar” o Brasil e toda América Latina”.

A coisa poderia ter desaguado em um resultado irreversível se não fosse por um vício de origem ou um defeito congênito do qual padecem os esquerdistas do Mundo inteiro: são na essência sempre incompetentes. Por conta disto deixaram de avaliar que a doutrina alienígena que defendiam era incompatível com a índole e a natureza do nosso povo que, a princípio, a rejeitaria. A solução, também simplista, foi a de tentar impor aquela doutrina covarde através de uma união com o populismo usurpador, com o negocismo ladrão e a direita voraz. O resultado deste conluio esquizofrênico veio com o surgimento das quadrilhas de Sarney a Temer, com ênfase para a época em que mandavam os calhordas de FHC e os malfeitores de Lula e Dilma.

Quero dizer, neste passo, que esta análise despretensiosa de caráter geral fala grosso modo da evolução da esquerda no Brasil nas últimas décadas e de suas ruinosas consequências, visando a expor para o caro leitor uma linha de pensamento e não tem a menor intenção de esgotar a matéria. Sosseguem, pois, os intelectuais da impostura.

Relativamente àquele conluio rastaquera, digo que ao combate-lo não o faço defendendo aqui qualquer visão elitista, mas convenhamos que temos que concluir: do pior, do mal nascido (mal formado), do analfabeto, do inescrupuloso, do de pior índole, não poderia mesmo resultar algo de bom, somente a coisa mais degenerada. Ao eleger FHC, Lula, Dilma, a esquerda exagerou na dose e o resultado não poderia desaguar em outra situação: o maior roubo dos bens públicos da história contemporânea e a indigência para mais de 25 milhões de brasileiros desempregados. Esta gente corrupta que tomou o Brasil de assalto nos últimos 30 anos, está irremediavelmente desmascarada.

Chora de ódio esquerda, chora! Desesperada, quer na Presidência da República um ladrão condenado ou um membro de sua gangue. Padeçam e sofram por antecipação os poderosos; os nababos da máquina pública; os chupins do erário; as ratazanas do tesouro; os falsificadores de eleições; as sanguessugas do suor do povo e os proxenetas dos desvalidos. O povo já decidiu e das pesquisas sérias constam – e é consabido – que 90% da população não quer mais os corruptos e os corruptores, sejam de direita, do centro ou de esquerda. É desta forma que vai acontecer se os patifes quiserem, mas se não quiserem, vai acontecer também. Assim, qualquer um que em alguma época esteve ligado, direta ou indiretamente, àquela gente execrável não mais merecerá a confiança da maioria da sociedade. Se a eleição vindoura não consagrar esta situação de repulsa ou de revolta, a ruptura ocorrerá inevitavelmente. A meu sentir qualquer solução destas será bem vinda.

Aviso para os donos dos conglomerados da comunicação e para os lambaios a seu serviço. Façam bom proveito de suas falsas e tendenciosas pesquisas de opinião e de suas tentativas de iludir a população, a hora de vocês é chegada! São 30 anos de corrupção de governos civis, ninguém aguenta mais!

 

Por Jose Mauricio de Barcellos ex Consultor Jurídico da CPRM-MME é advogado – E-mail: [email protected]).