Aposta Alta – Setores apontam ”trampolim” com chegada da ferrovia em Cuiabá

27/09/2021 10:26

Impacto na cadeia produtiva
Alavanca em setores empresariais
Economia de mais R$ 8 bilhões em despesas

Governo assina contrato para início da construção da 1° Ferrovia Estadual de MT. Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

Governo assina contrato para início da construção da 1° Ferrovia Estadual de MT. Foto: Mayke Toscano/Secom-MTA 1ª Ferrovia Estadual de Mato Grosso, cujas obras devem ter início a partir do 2º semestre de 2022, vai produzir uma economia em torno de R$ 8,3 bilhões nas despesas de produtores e empresários do Estado entre os anos de 2029 a 2079, período em que a empresa Rumo S/A fica autorizada a explorar o modal.

Os dados constam no projeto apresentado pela Rumo S/A, que habilitou a assinatura do contrato de adesão para a construção, implantação e exploração da ferrovia, junto à Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra).

Na ótica de algumas lideranças de classes do Estado, o cenário para os próximos anos é de muita positividade, desenvolvimento em diversos setores, como benefícios para setores interligados ao modal ferroviário.

ACRIMAT – Oswaldo Pereira Ribeiro Jr.

Para o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Pereira Ribeiro Jr. , classe que representa o pecuarista mato-grossense, destaca:

“A ferrovia tornará nossos produtos mais competitivos no mercado internacional, diminuindo o custo de envio e proporcionando uma compra de insumos e equipamentos mais justa, tendo em vista a ampliação de nossa logística, com o aumento de interligações entre ferrovias, rodovias e hidrovias. A chegada da ferrovia vai impactar positivamente em toda a cadeia produtiva, trazendo inúmeros benefícios para o setor produtivo”.

E acrescenta: “Mato Grosso está no coração do Brasil e isso o coloca geograficamente distante, tanto dos nossos portos, que exportam para a maioria dos países que são parceiros comerciais do País, como também dos estados mais populosos, responsáveis por uma parcela representativa do consumo nacional. Portanto, a logística sempre foi um fator que impactou muito no preço final dos nossos produtos. Com a chegada da ferrovia, nossa malha rodoviária – que além de tímida é cara, vai experimentar uma transformação para melhor, tanto no custo por quilômetro como por tonelada”.

ALMT – Eduardo Botelho

Já o deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) afirmou que a construção da 1ª Ferrovia Estadual vai possibilitar o crescimento da industrialização na Região Metropolitana de Cuiabá, por meio da implantação de um terminal na Capital, cujas obras já são consideradas a realização de um “sonho”.

“A baixada cuiabana tem vocação para a agricultura familiar, para força de trabalho e esperamos a industrialização para gerar emprego e renda para nosso povo. Se Deus quiser essa ferrovia vai alavancar a economia da baixada cuiabana e de todo o Estado de Mato Grosso”, disse Eduardo Botelho.

A previsão é de que esse terminal em Cuiabá possibilite a interligação e o escoamento da produção no bairro Distrito Industrial, que tem 250 empresas de diferentes ramos instaladas.

COMPARATIVO – Pontos Fortes

O investimento em ferrovias é uma forma de buscar um menor custo do frete. Rodovias transportam três vezes mais cargas que ferrovias, mas o custo é seis vezes maior. Numa distância de 1 km, por exemplo, um caminhão consome 13 vezes mais energia que um trem para transportar uma tonelada de frete. Um único comboio de 200 vagões é capaz de transportar a mesma carga transportada por 400 carretas rodoviárias.

A ampliação da malha ferroviária do Estado é um sonho antigo que irá implicar em ganho para os mais diversos segmentos, além de gerar benefícios que vão desde a instalação de indústrias até a melhoria da qualidade de vida do cidadão mato-grossense, que terá acesso às oportunidades de geração de emprego e renda provenientes da construção das novas ferrovias.

 

 

 

Da Redação com informações de Érika OliveiraSecom-MT e Karine MirandaSinfra-MT

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