Opinião – Esta será uma eleição exemplar

O Congresso Nacional sofrerá uma renovação necessária capaz de pôr disciplina nos Poderes. Mas o governo executivo precisará ser decente, coerente, eficiente e efetivo. Escreve Onofre Ribeiro

19/10/2022 05:30

”Eleição presidencial brasileira vem numa hora muito difícil do planeta”

Imagem ilustrativa/reprodução – Republicanos

Considerada a segunda eleição mais importante do mundo no Ocidente, a eleição presidencial brasileira vem numa hora muito difícil do planeta.

Do ponto de vista mundial, ela é importantíssima olhando o ambiente degradativo da Europa somado ao ambiente de crise econômica e social nos Estados Unidos e à própria crise de crescimento da China.

O Brasil assume repentinamente uma posição geopolítica de liderança no mundo moderno depois da guerra da Ucrânia-Rússia. É uma democracia nova mas forte e tem resistido a sucessivas crises graves sem fragmentar.  É preciso que esta democracia se mantenha fortíssima porque o mundo inteiro está olhando pro Brasil.

Mas antes desse momento atual e futuro, é preciso dizer o que realmente a eleição representa.

Historicamente o Brasil viveu em clima de polarização política. No século 20, PSD e UDN, eram os partidos políticos dominantes. Depois Arena e MDB.

Depois PSDB e PT. Do final da década de 1990 os partidos políticos começaram a se diluir até sumir. Na eleição presidencial de 2022, temos dois grupos de interesses lutando pelo poder. Cada uma na sua base confusa e formada por partidos de papel.

As duas correntes em disputa neste momento não tem projeto de governança. Uma à direita, do presidente Bolsonaro, garante estabilidade aos negócios e à economia.

Independente das possíveis crises que ocorram na economia de 2023 pra frente. Já Lula, vem de um projeto antigo de poder, construído na retórica de esquerda até 2002.  Hoje, fora de época mistura ideologias anteriores com a realidade mundial e nacional ignorando o universo de transformações.

O que parece visível nesta eleição é a pouca compreensão do mundo completamente mudado que se avizinha. Discursos antigos já não cabem. Os dois candidatos vem de épocas diferentes.

Um vem do passado distante de 2002, e outro do passado distante de 2018. Querer governar com o olhar no retrovisor e com quadros técnicos completamente sem liga, é suicídio. Quadros sem compromisso cm a realidade nacional para o futuro imediato do mundo. Este olhar ao ex-presidente Lula é o mais assustador.

O olhar ao presidente Bolsonaro assusta menos por conta da atualidade. Ele precisará juntar um montão de experiências e construir um governo de olho no futuro. Tem quadros técnicos mais atualizados e com a visão nacionalista.

O Brasil está na sua melhor hora. Não poderia perder essa oportunidade única frente ao mundo moderno, presa de ideologias burras baseadas em grupos de poder. Esse tipo de gente trabalha olhando pros seus interesses. Jamais pro interesse de 215 milhões de habitantes.

O Congresso Nacional sofrerá uma renovação necessária capaz de pôr disciplina nos Poderes. Mas o governo executivo precisará ser decente, coerente, eficiente e efetivo. O país não comporta mais aventuras. Ainda mais ideológicas e antigas.

 

 

 

 

 

Por Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso.

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