Opinião – A ficha já começa a cair…

O fator de decepção ficou por conta do voto jovem. Jovens universitários são os principais alvos da doutrinação ideológica esquerdista, representam o grosso do movimento woke. Escreve Rodrigo Constantino

09/11/2022 08:59

“Falta experiência de vida, boleto para pagar, maturidade”

Imagem ilustrativa.

No mercado financeiro, não faltou gestor suavizando o que representaria a “volta do ladrão à cena do crime”, como disse Alckmin. O Lula “moderado”, mais ao “centro” e com “responsabilidade fiscal” foi inventado pela velha imprensa, e vários analistas de mercado desejaram acreditar na farsa.

Agora que nomes como Mercadante, Mantega e Boulos circulam forte como potenciais ministros ou lideranças influentes na futura gestão, o “mercado” acusa o golpe. Tucanos que achavam que levariam Meirelles e Arminio Fraga ao digitar o 13 começam a ter um encontro com a dura realidade.

“As primeiras sinalizações do novo governo preocupam”, disse um dos maiores gestores do país, que andava minimizando o risco Lula durante a eleição. Ele não está sozinho. É sempre um espanto como gente com tanto sucesso pode se mostrar tão ingênua. Nunca vou esquecer um ex-CEO de banco conversando comigo sobre a falácia da Dilma “boa gestora”, na qual ele tinha acreditado ao ler O Globo…

E se o encontro com a realidade na questão econômica vem a galope, no quesito liberdade de expressão ela vem a trem bala! Não faltam “isentões” que tiveram vergonha de assumir o voto em Bolsonaro tendo de encarar a triste notícia de que o Brasil já mergulhou numa ditadura antes mesmo do ladrão voltar à cena do crime!

Várias contas estão sendo suspensas nas redes sociais, canais são bloqueados no Brasil, desmonetizados, tudo isso pelo “crime” terrível de ter dúvidas e perguntas sobre o processo eleitoral. É coisa de China, Cuba, Nicarágua, Venezuela, mas está acontecendo no Brasil mesmo, e antes de o defensor desses regimes colocar as mãos no Poder Executivo.

O Mamãe Falei, aquele que queria “pegar ucraniana pobre” durante a guerra, chegou a defender a ditadura alexandrina quando Monark se mostrou indignado com a censura ao seu canal, por simplesmente reproduzir uma live do argentino que trouxe anomalias estatísticas sobre a urna. O MBL se diz liberal, mas defende as práticas cubanas…

Já o deputado Marcel Van Hattem, um liberal de verdade, desabafou: “Até quando?! Há anos o Parlamento vem sendo humilhado por decisões monocráticas e inconstitucionais de outros Poderes. Agora, parlamentares e cidadãos brasileiros estão sendo censurados, mas a Câmara nada faz. Estamos de joelhos diante de outros Poderes. É vergonhoso!”

Não por acaso um deputado petista quer espalhar bustos de Alexandre de Moraes pelo país, como stalinistas fizeram com seu líder. É justo! Afinal, o imperador Xande foi o principal responsável pela “volta do ladrão à cena do crime”, como diria seu ex-chefe Alckmin. Tudo bem escancarado pelo viés, mas devemos fingir que as instituições funcionam de maneira perfeitamente republicana em nosso país, pois duvidar disso pode render censura ou prisão!

A boa notícia é que nos Estados Unidos, onde também vimos eleições suspeitas contra Trump, os republicanos começam a virar o jogo nas eleições de meio turno. Ainda falta apurar votos, pois os americanos não são tão velozes quanto o TSE, em que pese terem mandado o homem à Lua na década de 1960. Mas os republicanos devem mesmo controlar as casas, com apertada maioria.

O fator de decepção ficou por conta do voto jovem. Jovens universitários são os principais alvos da doutrinação ideológica esquerdista, representam o grosso do movimento woke. Falta experiência de vida, boleto para pagar, maturidade. Mas com o tempo eles devem acordar da lavagem cerebral e se dar conta de que a esquerda é um grande engodo. Com o tempo eles assimilam o recado do meu governador Ron DeSantis, reeleito na Flórida, que desceu a lenha na turma lacradora:

Com o tempo, até os “gênios” do mercado financeiro vão entender que Lula jamais foi ou será um moderado responsável. Tenho esperanças!

 

 

 

 

 

Por Rodrigo Constantino, é economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal.

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