Opinião – Reflexo do vandalismo

Temos nojo da sua quebra . Ela emana ao povo e assim será exercida. O poder é a democracia. Ambos constroem o presente e o futuro . Jamais se esquecem do passado. Escreve João Carlos da Silva

26/01/2023 05:50

“Seremos os autores do desembolso. Vale aqui registrar união dos Poderes pela causa nacional”

Foto: UOL

Quem foi ver de perto os resquícios do tormento ocorrido em Brasília no domingo , estarrecido ficou. Sou um deles .

Convivi no Palácio do Planalto com tudo aquilo que foi destruído e danificado. Eram uma simbologia da vida nacional.

Não eram necessários que tombassem ao chão como lixo. Era uma memória brasileira pertencente aos brasileiros.

Ao percorrer os salões e salas da Câmara dos Deputados , vi com tristeza toda destruição provocada pela insanidade que tomou conta dos fanáticos de ocasião.

Na vida democrática são levantadas vozes de protesto . É o valor de estarmos respirando democracia. Não era necessário bradar e destruir.

Agora, barras da lei para todos. O genocídio cultural e patrimonial já foi causado. O Presidente da República foi eleito, diplomado e empossado. Há gravidade nisso. De maneira alguma. Faz parte do jogo eleitoral e democrático. Não ocorre empate. Ou ganha ou perde.

Quem perdeu cabe reaglutinar seus apoiadores e construir em quatro anos um discurso para que seja vencedor lá na frente.

Conciliar o seu papel de oposição com o cenário democrático nacional.  Observaram muito bem essas questões o jurista Lázaro Gomes Júnior e o advogado Roberto Nascimento . Para eles , cada ato em seu devido lugar. Ora , a conta dessa megalomaniaca ação irá para quem?

Seremos os autores do desembolso. Vale aqui registrar união dos Poderes pela causa nacional. Não poderia ser diferente. Entre o barulho da retirada dos entulhos do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF, o eco que entoa do coração da democracia.

Temos nojo da sua quebra . Ela emana ao povo e assim será exercida. O poder é a democracia. Ambos constroem o presente e o futuro . Jamais se esquecem do passado.

 

 

 

 

 

Por João Carlos da Silva é consultor.

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