MapBiomas – Mato Grosso tem 45,5% de ações no combate ao desmate ilegal

Conforme dados auditados pelo serviço de monitoramento, os números de Mato Grosso estão acima do dobro praticado pelo restante do país. Um marco histórico da atual gestão contra crimes ambientais.

14/03/2023 05:55

A média nacional é registrada pelo serviço de monitoramento está em 20,2%

Operação Amazônia foi lançada pelo Governo de MT na semana passada para combater o desmatamento ilegal. Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

O Monitor de Fiscalização do MapBiomas aponta Mato Grosso em primeiro lugar no ranking dos estados brasileiros com maior atuação direta nos alertas de desmatamento desde 2019, agindo em 45,5% do desmate ilegal com alguma ação, seja com multas, embargos ou fiscalização em campo. A média nacional é de 20,2% dos alertas atendidos.

A plataforma reúne dados estaduais e federais de combate ao desmatamento ilegal, com base nos dados públicos disponibilizados pelos órgãos ambientais de todo o país.

Conforme a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, as ações de fiscalização remota – por imagens de satélite de alta resolução – e em campo, aumentaram nos últimos anos.

Além de atender os alertas dentro do mesmo ano, a Secretaria também agiu para responsabilizar infratores que desmataram em anos anteriores, graças à estratégia de trabalho desenvolvida pela Gerência de Planejamento de Fiscalização e Combate ao Desmatamento (GPFCD).

“Ao detectar qualquer mudança de vegetação por meio dos alertas estaduais, a Sema envia e-mails e faz ligações para os proprietários de áreas cadastradas, avisando que identificamos o desmate. Hoje o desmatamento ilegal é visto rapidamente, que em alguns casos envia equipes em campo para frear o desmate ainda no início”, explica o secretário Executivo da Sema-MT, Alex Marega, sobre o atendimento dos alertas.

Como reflexo da ação rápida, o Estado aumentou a responsabilização dos crimes ambientais. Entre 2008 e 2018, foram R$ 2,5 bilhões de multas aplicadas por desmatamento e incêndios. Nos últimos quatro anos, entre 2019 e 2022, aplicamos R$ 5,2 bilhões. “Então nesse período praticamente dobramos o volume de autuações que fizemos nos últimos dez anos”, destaca.

Outra ação que merece destaque é o embargo remoto das áreas não cadastradas. “Mesmo que o infrator não seja identificado, a área em que ocorreu o ilícito é embargada e segue em monitoramento constante afim de responsabilizar o proprietário quando este for identificado, sendo mais uma ferramenta importante no combate ao desmatamento ilegal”, destaca a gerente da GPFCD, Graziele Gusmão.

O indíce que garante a Mato Grosso o primeiro lugar aumentou em comparação com o lançamento do monitor, de 41% em maio de 2022 para 45,5%.

Em segundo lugar está Minas Gerais (35,6%), Amazonas (31,3%), Pará (30,2%). Outros estados que também informaram dados de fiscalização são: Acre, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Pará, Rondônia e São Paulo.

Monitor de Fiscalização

O Monitor da Fiscalização do Desmatamento é uma iniciativa do MapBiomas que recolhe e organiza informações sobre autorizações de desmatamento, autuações e embargos emitidos pelos órgãos ambientais federais e estaduais. O objetivo da análise é monitorar o quanto do desmatamento verificado e publicado pelo MapBiomas Alerta, foi autorizado ou teve ações de fiscalização pelo poder público.

Operação Amazônia

O governo de Mato Grosso lançou na semana passada a Operação Amazônia contra crimes ambientais, com 200 servidores em campo e equipes de monitoramento remoto para promover a responsabilização de infratores. Em caso de desmatamento ilegal, é feito o embargo da área, aplicado multa e apreendido o maquinário.

 

 

 

 

Da Redação com informações da Secom-MT e Sema-MT