Opinião – Maioria dos governadores pretende manter escolas cívico-militares

Em todas elas, acabou a droga, acabou o traficante na porta, acabou a sujeira, acabou a bagunça, acabou a depredação, melhorou o desempenho escolar. Escreve Alexandre Garcia.

17/07/2023 06:55

“Parece que está faltando só Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe e Amapá”

Escola pública do DF onde foi implementado o modelo cívico-militar. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

A maior parte dos governadores já confirmou que vai manter todas as escolas cívico-militares e vai assumir aquelas sob responsabilidade federal que estão sendo encerradas pelo MEC. Estão dizendo que o Ministério da Defesa não assinou isso, não sei se é verdade. E que vão inclusive ampliar o programa, porque o ato do governo federal, com cheiro de revanche, acabou por sacudir pais, prefeitos, gente que está vibrando com os resultados dessas escolas.

Eu fiquei muito feliz ao ouvir o governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil), dizer que pela primeira vez falava no Instagram, porque foi provocado por mim. E foi para dizer que as escolas continuarão, uma vez que ele, quando capitão, participou de uma dessas escolas em Rondônia.

Também do União Brasil, o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, confirmou em suas redes sociais a permanência o modelo educacional no estado.

São poucos os Estados cujos governadores ainda não se manifestaram, inclusive o Rio Grande do Norte, onde tivemos uma escola maravilhosa que resultou até na eleição de um PM como senador, senador Styvenson Valentim (Podemos), a Escola Estadual Professora Maria Ilka de Moura, com excelentes resultados.

Aliás, em todas elas, acabou a droga, acabou o traficante na porta, acabou a sujeira, acabou a bagunça, acabou a depredação, melhorou o desempenho escolar, melhorou a presença, despencou a evasão e os resultados são sensacionais. Por isso os pais estão preocupados com o encerramento.

Fico satisfeito em saber que está preservada a escola cívico-militar de Cachoeira do Sul. Eu ajudei o prefeito de lá, meu amigo, a obter essa escola e que ainda tem o nome de uma maestrina que eu conheci, Dinah Néri Pereira, que trabalhava com a minha tia pianista. Questões pessoais envolvidas.

Muita gente ficou brava comigo, porque eu não mencionei o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foi por esquecimento, o Tarcísio foi um dos primeiros a se manifestar, mas enfim parece que está faltando só Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe e Amapá. Até o Rio Grande do Sul, que estava meio hesitante em se manifestar, entrou.

 

 

 

 

 

Por Alexandre Garcia, colunas sobre política nacional publicadas de domingo a quinta-feira.