Na Alemanha Nacional Socialista, por exemplo, houve um ressurgimento temporário do guerreiro conquistador com Hitler, que lutava por “espaço vital”. Escreve Stephen Kanitz.
29/09/2023 07:18
” ‘Vamos tirar dos ricos’ começou 10.000 anos atrás”
O Patriotismo surgiu com o advento da agricultura, quando as primeiras comunidades agrícolas se formaram e os humanos começaram a se fixar em um lugar específico.
Quando passamos de ser principalmente carnívoros e abandonamos a violência da caça para nos tornarmos mais pacíficos e vegetarianos.
Quando começamos a nos preocupar com a conservação do solo, do meio ambiente e a sustentabilidade a longo prazo do local onde decidimos plantar e viver.
Assim surgiram os primeiros conceitos da direita e do conservadorismo e os valores associados a eles.
Há 10.000 anos, o amor pela terra era pela terra dos outros. Tribos étnicas guerreavam por terras e matavam, raramente escravizavam os perdedores.
O conceito de conservação dos conservadores era praticamente inexistente. Mudávamos de lugar constantemente, sem construir ou conservar nada, nem casas, estradas, aquedutos, absolutamente nada.
As tribos nômades, por sua vez, exploravam os territórios dos animais e plantas, devastando tudo e depois mudando para um novo local, preferencialmente desabitado.
As populações nômades, até hoje, não possuem o conceito de propriedade privada.
O conceito de trabalho produtivo.
O conceito de colher aquilo que você mesmo planta, área que deve ser cultivada, conservada e passada às futuras gerações, que a esquerda até hoje não aceita.
Eles acreditam em ocupar e devastar o território vizinho até esgotar tudo, e então mudar de lugar. Afinal, tudo não é de todos?
Com o crescimento da população na época e a escassez da caça, especialmente de mamutes, o nomadismo entrou em declínio e o comunitarismo e patriotismo passaram a ganhar força.
No entanto, em meio ao desespero, povos étnicos e nômades começaram a atacar comunidades agrícolas por seus estoques de alimentos e sementes.
“Vamos tirar dos ricos” começou 10.000 anos atrás.
“Eles produziram e acumulam mais do que precisam para consumir.”
Acumulavam as sementes necessárias para o próximo plantio, que a esquerda até hoje consome criminosamente e que chamamos de capital de giro ou capital inicial.
Foi nesse momento que surgia o conceito de “militar” em substituição ao guerreiro conquistador.
Surge um novo tipo de militar, o “militar patriota”.
Esses militares eram defensores e protetores da pátria, buscando a paz e não a guerra por conquista de territórios.
Eram os militares de defesa e não mais de ataque, dos terroristas e revolucionários.
Na Alemanha Nacional Socialista, por exemplo, houve um ressurgimento temporário do guerreiro conquistador com Hitler, que lutava por “espaço vital”, ou seja, mais território para os alemães.
Similarmente, na Rússia Comunista do tudo é de todos de Lênin, Trotsky e Stalin, surgiram os guerreiros da internacional socialista, revolucionários que queriam tomar os bens de produção do mundo.
Agora você entende a diferença entre um patriota e um traidor? Espero que sim.
Ou seja, vale a pena ser patriota ou não?
Por Stephen Kanitz, é um consultor de empresas e conferencista brasileiro, mestre em Administração de Empresas da Harvard Business School e bacharel em Contabilidade pela Universidade de São Paulo.