Opinião – O “Hamas brasileiro”

É por isso que a Palestina do Lula é o Hamas. É por isso que o Líbano do Lula é o Hezbollah, que o Irã do Lula é o do fundamentalismo. Escreve Luís Ernesto Lacombe.

17/10/2023 17:53

“O Brasil é refém do que há de pior na espécie humana”

Invasão do MST em sede do Incra no Paraná, em 2016.| Foto: Jonathan Campos

O apoio de comunistas e socialistas brasileiros ao Hamas não surpreende. Eles são parecidos. E isso assusta. Se alguém apoia ou relativiza o terror, isso significa que poderia também, em algum momento, apelar para a barbárie, a selvageria. Os canalhas não se comovem. Os canalhas se identificam, têm afinidades. São todos parecidos. O Hamas palestino e o brasileiro são moldados no ódio, no desejo de vingança. Eles são sempre inocentes, são sempre as vítimas. Os monstros são os outros. Para os terroristas palestinos e os nazistas, a culpa é sempre dos judeus. Para o “Hamas brasileiro”, a culpa é sempre de quem se opõe a ele, nada mais importa.

O Hamas palestino quer eliminar o Estado de Israel, eliminar os judeus. O grupo brasileiro está atrás dos “animais selvagens, que não são seres humanos”. O objetivo declarado é “extirpar essa gente”. E, assim, eles destroem as causas verdadeiras e impõem causas falsas, fajutas. Eles têm em comum as mentiras. E “os fins justificam os meios” é o pensamento recorrente. Não há problema em haver opressores e oprimidos, desde que eles sejam os opressores. O Hamas de lá tem o apoio do Irã. O daqui também está abraçado aos aiatolás e já teve, em 2002, de acordo com certa delação, o apoio do psicopata líbio Muamar Kadafi.

O terror brasileiro ainda tem o MST, os sindicatos sabotadores, intimidadores, os traficantes de drogas que dominam favelas. As indisfarçadas amizades, viagens internacionais em grupo, os encontros amistosos em territórios conflagrados, isso pode indicar a composição de todo o grupo. E ninguém é obrigado a explicar nada. São os reis do subterfúgio, agarram-se a eufemismos, a conjunções adversativas – mas, contudo, porém, todavia… Distorcem significados, conceitos, expressões, em seu terrorismo linguístico, semântico.

O Hamas palestino e o brasileiro só existem na ditadura, mas, segundo seus próprios critérios, são “lutadores pela liberdade”. E as barbáries aqui estão na instância mais alta. Servem também para gerar uma reação irracional que justifique novas barbáries. Não há moral, não há ética, não há leis naturais, não há mais as leis dos homens. São tantos comparsas, cúmplices, todos degenerados, raivosos, perversos. A psicopatia está liberada. E para gente assim nada parece estarrecedor, assustador, aterrorizante. É uma gangue sem coração. O sofrimento dos outros não provoca nada, além de escárnio, deboche, comemoração, mais ódio e mais crueldade.

Querem promover e perdoar seus crimes e de seus aliados, enterrar todas as causas justas, legítimas. Eles têm o apoio dos “idiotas úteis”… Quantos ainda podem despertar e entender que ou se tem a civilização, ou se tem a barbárie? Se você defende a barbárie, não quer saber de civilização. Não há meio-termo. Está escancarado, só não vê quem não quer. E o Brasil é refém do que há de pior na espécie humana. É por isso que a Palestina do Lula é o Hamas. É por isso que o Líbano do Lula é o Hezbollah, que o Irã do Lula é o do fundamentalismo. E onde ainda pulsa a esperança? Na afirmação de que o Brasil do Lula não é o Brasil.

 

 

 

 

Por Luís Ernesto Lacombe é jornalista e escritor. Por três anos, ficou perdido em faculdades como Estatística, Informática e Psicologia, e em cursos de extensão em administração e marketing. Não estava feliz. Resolveu dar uma guinada na vida e estudar jornalismo. Trabalha desde 1988 em TV, onde cobriu de guerras e eleições a desfiles de escola de samba e competições esportivas. Passou pela Band, Manchete, Globo, Globo News, Sport TV e atualmente está na Rede TV.

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