Opinião – Prefeitura de Cuiabá: campeã nacional em operações policiais

O recado dado pelo PT essa semana, quando rechaçou a filiação por unanimidade de seu irmão, é somente o início de um fim que se arrasta em cacos de vidro. Escreve Chica Melo Monte.

23/11/2023 14:27

“A rejeição com seu nome em rodas é aberta, clara e em bom tom: ninguém quer por perto e nem de longe”

Reprodução/divulgação.

Se não fosse tão trágico e nocivo à sociedade da capital, com certeza é uma piada. Mais uma operação policial deflagrada pela polícia no imbróglio “Saúde de Cuiabá”, ocorreu esta manhã e ficou impossível contar nos dedos quantas são, teríamos que arranjar um marciano de maiores volumes de anelares e polegares para dar conta dessa tarefa hercúlea.

Não obstante a este fato que demonstra a falta de zelo com a coisa pública, envolvendo ex secretários, servidores e uma máfia que operava a coisa toda desviando recursos conforme divulgado na imprensa e corroborado pelos mandados judiciais expedidos, o Prefeito atolado até o pescoço em denúncias, dá entrevista com cara de mal, intimando que se a intervenção for prorrogada, ele chuta o balde, bota fogo no parquinho e entra de sola na justiça… outra piada pronta de um gestor que está em queda livre da impopularidade.

Querendo palpitar nas eleições do próximo ano, tem feito cara de paisagem, declarando levemente sua preferência pelo seu vice José Stopa, na crença para lá de folclórica de que sua presença em palanques é bem-vinda. Ou não anda pelas ruas, evita reuniões políticas ou perdeu o senso de vez. A rejeição com seu nome em rodas é aberta, clara e em bom tom: ninguém quer por perto e nem de longe.

O recado dado pelo PT essa semana, quando rechaçou a filiação por unanimidade de seu irmão, é somente o início de um fim que se arrasta em cacos de vidro para tentar seguir até o fim do mandato, com figuras pulando de seu Bateau Mouche furado nos bastidores e já entrando em saias justas de anunciar estes abandonos em público… o tempo, dono da razão, vai mostrar isso de forma clara nos próximos capítulos da imprensa.

No mais, é esperamos as próximas batidas que ainda estão por vir, ficarmos fulos quando andamos de carro na esburacada Cuiabá, nos depararmos com o abandono de praças e vias públicas tomadas pela sujeira e esperar a cereja do bolo que chega sem coca cola agora em dezembro: as contas do funcionalismo municipal que possivelmente não verão a cor do dinheiro entrando com os salários que se tornaram impossíveis de serem pagos.

Alguém arrisca um palpite?

 

 

 

 

 

Por Francisca Carmélia Monteiro, a “Chica Melo Monte”, cuiabana, jornalista raiz, crítica, analítica e opinativa.

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