Opinião – Chapada dos Guimaraes, “Cidade Luz”

Mauro Mendes, está de parabéns pela conclusão dessa obra (…) tendo em vista, Chapada dos Guimarães se tratar do nosso maior cartão de visitas. Escreve Licio Antonio Malheiros.

05/01/2024 05:25

“Obra ficou surreal, a cidade ficou linda, iluminada e aconchegante”

Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

A chamada em questão, não é relativa a Paris conhecida como Cidade Luz. Muitas pessoas acreditavam que esta denominação vem do fato de Paris ser muito iluminada.

Porém, na verdade Paris é chamada de Cidade Luz, pois durante séculos as mentes mais iluminadas nas diversas vertentes das artes eram atraídas para Paris.

Isso aconteceu, a partir do surgimento do iluminismo no século XIX, e tinha como principais ideais a liberdade, a fraternidade, a tolerância, o progresso, o governo constitucional, a oposição à monarquia absolutista e a separação Igreja-Estado.

Este texto é alusivo a uma das cidades de Mato Grosso, com potencial turístico invejável, reporto-me a Chapada dos Guimarães.

Neste, Natal e Ano Novo, a cidade de Chapada dos Guimarães ficou linda, toda iluminada e modificada em algumas ruas e praças centrais; graças ao trabalho hercúleo do governo de Mato Grosso em consonância com a prefeitura de Chapada.

O governador Mauro Mendes e sua equipe, entregaram a obra de reforma da Praça Dom Wunibaldo e a construção de cobertura na Rua Quinco Caldas, em Chapada dos Guimarães, no sábado (16.11.23).

Vou dizer com propriedade, pois tive o prazer de entrar o Ano Novo em Chapada, me hospedando na casa de uma grande amiga da família a senhora Avelina Cardoso, que nos recebeu com amabilidade e carinho; gratidão eterna.

Confesso, a obra ficou realmente surreal, a cidade ficou linda, iluminada e aconchegante, digna dos moradores e turistas que para lá se deslocaram.

Porém, o único ponto que deixou a desejar, foi a falta de banheiros físicos na praça.

Falei com muitas pessoas, que elogiaram a obra com veemência, porém reclamaram da falta de banheiros físicos; tendo em vista o grande número de pessoas que lá estiveram e, os bares não permitiram a entrada de não consumidores e com razão tendo em vista, às milhares de pessoas.

O governo Mauro Mendes, está de parabéns pela conclusão dessa obra de suma importância para o Estado; tendo em vista, Chapada dos Guimarães se tratar do nosso maior cartão de visitas.

Outro ponto nevrálgico ficou por conta da chegada à cidade, em função da não permissão da passagem de carros pelo Portão do Inferno, por possível desmoronamento da encosta no período chuvoso.

Sou um simples geógrafo, porém com pequena experiência em sala de aula, e em trabalhos de campo.

Acompanhei atentamente a questão do Portão do Inferno, através dos meios de comunicação de massa, que ouviram vários geólogos, todos foram cirúrgicos ao explicar o fenômeno das chuvas sobre as rochas.

Porém, nenhum deles disse que a Chapada dos Guimarães é uma formação rochosa de arenito avermelhado datada do período Devoniano e Cretáceo.

Portanto, é uma região que passou por um longo processo de intemperismo, que é a ação: do vento, da chuva do sol e nas calotas polares do gelo.

Esse processo vai desgastando as rochas lentamente, chegando a formar figuras como se tivessem sido, esculpidas pelas mãos dos homens, como acontece na Chapada dos Guimarães.

Foi feito, muito alarde com relação a possíveis desmoronamento de rochas, que poderiam ocasionar destruição de carros ocasionando mortes.

Esse processo vem acontecendo há milhões de anos nas dezenas de paredões ali existentes, e nunca aconteceu desmoronamento de rochas, até porque, o arenito é composto por areia.

No Portão do Inferno a situação é simples, construir uma barreira de contenção de arenito; e bloquear a pista por períodos, enquanto ocorrer a colocação das contenções.

Infelizmente, essa questão se tornou emblemática em função do viés político, prefiro, não aprofundar.

Eu, estive in loco na quarta-feira (3) e passei por lá, tem um pouco de arenito na encosta, apenas isso. Essa, é a minha modesta opinião, se estiver errado me corrijam.

 

 

 

 

 

Por Licio Antonio Malheiros é geógrafo.

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