Editorial – Prefeitura de Cuiabá e Polícia: vai virar Netflix

As habituais, corriqueiras, copiosas e repetidas operações policiais em desfavor de órgãos, grupos e figuras ligadas a Prefeitura de Cuiabá já estão dignas de uma série no canal de streaming.

06/02/2024 07:01

“O bom, saudável e fundamental jornalismo investigativo fica arranhado, prejudicado com ações semelhantes”

Imagem meramente ilustrativa.

A saga catastrófica da vida política do grupo do executivo municipal segue de vento em popa, dando bom dia aos leitores e internautas via páginas policiais com mais uma habitual manchetes, mostrando apreensões, mandatos e prisões de alvos ligados ao chefe do mesmo grupo.

Dessa vez e novamente, jornalistas, o irmão e sabe-se lá mais quantos envolvidos, foram tirados da cama logo cedo nessa terça-feira (6), com coletes e sirenes em suas portas, mandados de busca e apreensão de computadores e celulares e de novo, os personagens que fazem a imprensa pessoal do Prefeito da capital, acusados de supostos integrantes de seu midiático “comitê da maldade” que atua nos bastidores da mídia.

A acusação é de que a persistência em divulgar fake-news, dar como notícias faltando com a verdade, incitar ódios e denegrir imagens de pessoas públicas, é continua, sem limites e apesar dos vários processos instaurados, as ações depreciativas continuam sob a hedge da liberdade de imprensa sob a ótica desse mesmo grupo.

É de se esperar agora o levante modesto do sindicato acuado que, fazendo seu papel sindical, sem grandes defesas a promulgar, deverá soltar nota, gastar dinheiro de sindicalizados disponibilizando assistência jurídica e ficar de rosto amarelo com os indefensáveis atores dessa jornalística chanchada que não representam a classe, estão notadamente a serviço de interesses politicos escusos, deixando enlameada a honrosa profissão dos membros da imprensa.

Os rostos já conhecidos, de credibilidade duvidosa, sem leitores comuns ou atrativos que despertem seguidores e público cativo, são os mais do mesmo de sempre, que continuam delinquindo, acreditando serem imunes a lei, a ordem e aos princípios éticos que norteiam o bom jornalismo.

O bom, saudável e fundamental jornalismo investigativo fica arranhado, prejudicado com ações semelhantes, sem qualquer compromisso com a notícia séria, matérias informativas e o respeito à sociedade em plena época da virtualidade democrática, já é sabido identificar seguidores da escola de Joseph Goebbels, que ensinou: “Mentiras repetitivas se transformam em verdades ativas”.

Ledo engano dos que se atrevem a apostar nesse antigo e desmantelado chavão nazista.