Editorial – Lapidação no Legislativo cuiabano

Há tempos a Casa de Leis luta por uma mudança de política interna com um motivo especial entre tantos outros: reconquistar sua credibilidade.

04/03/2024 05:12

“2024 será de uma nova caminhada na busca por justiça, legalidade, combate a corrupção”

Presidente da Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá, vereador, Rodrigo Arruda de Sá. Foto: Reprodução.

Em um passado não muito distante, houve acontecimentos rumo aos novos objetivos daquela Câmara onde uma vereadora do PT, Edna Sampaio, teve seu mandato cassado por motivos corruptos dentro da concepção e entendimento dos novos integrantes do Parlamento Municipal.

A vereadora em questão foi acusada de realizar atos de corrupção, conhecida nacionalmente como “rachadinha”, cujo esquema tem como objetivo desviar recursos públicos usando como instrumento ou ferramenta o pessoal subordinado.

Se o cenário do ocorrido estivesse inserido há 10 anos, sem sombra de dúvidas, ninguém além dos próprios parlamentares e seus subordinados, iriam ter qualquer conhecimento sobre tal conduta criminosa dentro de uma Casa de Leis.

A alienação e desinteresse com o universo político, eram simplesmente imensuráveis. Um avesso absoluto aos dias atuais, onde nomes de jogadores de futebol foram trocados por nomes da política municipal, estadual e nacional no dia-a-dia da população.

Além desse salto cultural e social, felizmente a mudança também ocorreu no perfil dos representantes. Esses sim, são a ponta para a transformação ocorrer efetivamente na esfera política.

Na Câmara Municipal de Cuiabá, o presidente da Comissão de Ética, vereador Rodrigo Arruda de Sá (Cidadania) travou uma batalha em 2023 para ter êxito no alcance da justiça como também aos recursos públicos oriundos dos impostos dos cuiabanos.

Mas a lapidação que vem ocorrendo na Câmara, ainda não ocorreu na nossa Justiça, tampouco nas nossas Leis. Essas que ainda abrem infinitas brechas para prevalecer o certo como errado e vice-versa.

A Comissão de Ética quer reacender o caso com nova análise processual investigativa e possivelmente um novo julgamento.

Ao que tudo indica, 2024 será de uma nova caminhada na busca por justiça, legalidade, combate a corrupção e sobretudo, respeito aos árduos tributos do povo cuiabano.

A população deve se ater aos nomes que estão lapidando aquela Casa e fazendo honrar os votos confiados neles como seus representantes.