Opinião – Deixem o mundo saber a verdade!

Somente por meio da divulgação da realidade será possível exercer mais pressão internacional contra nossa “ditadura de toga”. Escreve Rodrigo Constantino.

 

16/03/2024 06:44

“Um impeachment de Lula e outro de Alexandre de Moraes”

Comitiva de parlamentares brasileiros na frente do Congresso Americano, em Washington. Foto: Dr. Victor Hugo e Marco Aurélio.

Muito importante a iniciativa de parlamentares brasileiros virem aos Estados Unidos mostrar ao mundo o que se passa com nosso país. Sob a liderança do deputado Gustavo Gayer, vários políticos de oposição foram a Washington participar de uma coletiva de imprensa ao lado de Chris Smith, o congressista republicano de New Jersey, para demonstrar em detalhes como não há mais uma democracia de fato no Brasil.

Foram falas contundentes, mas verdadeiras. A comparação com a Venezuela não é descabida: no país tão admirado por Lula também há, no papel, uma Suprema Corte, um Congresso, a mídia, o Ministério Público. Porém, todas as instituições foram capturadas por Maduro e servem não ao povo, mas ao regime tirânico comunista ligado ao tráfico de drogas.

Como tudo que chega ao público americano sobre o Brasil é filtrado por nossa velha imprensa “profissional”, os americanos acabam acreditando que há normalidade institucional no país, que Lula venceu sem aquela “forcinha” do Supremo – que se gaba de ter derrotado Bolsonaro, confessando o crime. É preciso mostrar a verdade, expor o outro lado dessa história macabra.

A intenção era ter uma audiência no Congresso, algo mais formal, mas a esquerda ligada a George Soros conseguiu impedir o evento, desta vez. Não obstante, valeu a pena a vinda desses parlamentares de oposição, pois somente por meio da divulgação da realidade será possível exercer mais pressão internacional contra nossa “ditadura de toga”.

Alguns alegam, com alguma razão, que a pressão internacional de nada adiantou para conter ditaduras como a própria Venezuela, Cuba, Nicarágua etc. Sim, é um ponto importante. Mas vale notar que o Brasil ainda não está no mesmo estágio. Caminhamos para tal destino sombrio, sem dúvida, mas ainda é possível impedi-lo. Daí a importância da guerra de narrativas, para sensibilizar o mundo a respeito do radicalismo antidemocrático do atual governo brasileiro e seus comparsas.

As cortes internacionais entram nessa mesma categoria. O Brasil é signatário de acordos internacionais, e comprovando o abuso de poder de ministros do STF, isso pode ter consequências para quem trocou a lei pelo arbítrio. Consequências inclusive na pessoa física, já que há mecanismos para punir ditadores num mundo cada vez mais interligado e globalizado.

Não podemos perder as esperanças de reverter esse quadro assustador. Editoriais do Estadão e do O Globo contra as sandices lulistas mostram que até a imprensa cordata parece acordar aos poucos, e prepara o terreno para uma substituição tucana – Alckmin não foi colocado lá à toa.

Um impeachment de Lula e outro de Alexandre de Moraes – talvez esta seja a única forma de realmente pacificar o país. O sistema terá de aceitar essa barganha cívica para preservar as galinhas dos ovos de ouro. A alternativa é virar Venezuela, e aí vai tudo para o espaço…

 

 

 

 

Por Rodrigo Constantino, é economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal.

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