Editorial – O cargo de vice deve ser uma mulher

As conversas ventiladas nos bastidores são unânimes quando o assunto é a indicação ao cargo de vice das eleições para prefeito em Cuiabá: devem dar o protagonismo a uma mulher.

23/04/2024 05:25

“Quem interessaria a investida em uma chapa intrínsecamente política, podendo se expor a sérios riscos de rejeição?”

Secretária Grasielle Bugalho, Setasc-MT. Foto: Josi Dias

Nos últimos dias, os acontecimentos em torno da pauta eleições municipais deste ano estão indo de zero a cem em poucos segundos.

Estamos assistindo candidato com suposto favoritismo (?!) da ala conservadora sendo esfarelado pela Justiça com seguidas derrotas por ações ilegais; no lado oposto, indefinições e irritabilidade nos corredores dos candidatos da Esquerda (PT, PC do B, PSol e PV); e no Centro, o tão esperado “arregaçar das mangas” do Eduardo Botelho sobre a falácia da sua proximidade com Emanuel Pinheiro.

Esse último acontecimento, já vinha se arrastando há alguns meses, onde o deputado do União Brasil vinha recebendo pressão por parte do partido para expor de forma mais dura a inexistência de qualquer intimidade política com o atual prefeito da capital, Emanuel Pinheiro (MDB) visto hoje como uma “âncora eleitoral”.

Por fim, ontem em reunião realizada na sede do União Brasil com os eventuais candidatos à vereadores, o presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho, subiu o tom da voz ao ser questionado sobre a tão comentada “amizade” com Pinheiro.

A reação foi imediatamente com os seguintes dizeres: “nunca apoiei, participei de campanha, pedi votos, fui amigo, gostei ou quis estar perto”, em tom enfático e para o alívio da cúpula e dos que ali estavam presentes.

Ocorre que, com a pauta do “fantasma político” desmistificada, é preciso sanar uma outra questão de suma importância ao candidato do União Brasil: seu/sua vice.

Muitos dos aliados de Botelho estão dizendo que a escolha de um bom nome será de grande importância e peso na campanha. E dizem mais: a indicação ao cargo deve ser uma mulher.

Ora, se atento a tal clima de cortejo, Botelho não deveria sequer pensar duas vezes em alinhar junto a maior cabo eleitoral feminina do Estado, a primeira-Dama Virginia Mendes, um nome para a chapa.

A atual Secretária de Estado de Assistência Social, Grasielle Bugalho, seria como ‘luva’ nessa missão. Competente, discreta, serviços prestados e de extrema confiança de Virginia Mendes, Bugalho preencheria os requisitos com folga.

Os marketeiros tem ciência desse novo momento eleitoral onde o gestor político precisa estar amparado pelo gestor técnico. A administração pública necessita de ambos perfis atuando. E por último, a inclusão da mulher na política, especialmente quando se tem um bom nome para dessa forma, alavancar a formação de novas lideranças.

Esse nome (Bugalho) está sendo falado, está sendo desejado nos bastidores. A pergunta é: quem estaria segurando essa indicação de ‘ouro’ ? Quem interessaria a investida em uma chapa intrínsecamente política, podendo se expor a sérios riscos de rejeição?

Por fim, seja quem for, seja qual outro nome surgir, diante do que se comenta, a verdade é ímpar: não terá o mesmo peso de Grasielle Paes Silva Bugalho.