Editorial – A insistência insana de Abílio Brunini em errar

A idade seria ainda uma vantagem (?!). Mesmo com muito tempo já perdido, o clássico chavão “nunca é tarde…” cairia como luva para o irreverente parlamentar.

14/06/2024 14:22

“Postura esta que os eleitores não toleram mais”

Reprodução/divulgação

Um político que se dispõe tomar para si o perfil de opositor a tudo e a todos, deve se atentar aos erros para assim, lapidar suas ações, dando solidez no aprendizado, este de importância imensurável no dia a dia de qualquer cidadão.

Embora fazer isso sozinho não seja uma tarefa fácil, essa dificuldade de lapidar as ações são significativamente amenizadas com a presença de outras influências participando desse processo.

No caso de um político, essas “influências” que facilitam polir o perfil e postura, são os assessores (que não são poucos, diga-se de passagem) que têm por missão diária tornar a figura pública, digamos, mais palatável quando este apresentar um discurso à população.

Entretanto, exemplo recente do tema aqui abordado, temos o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, o qual o mesmo que o elegeu, foi o mesmo que o derrubou – comunicação malfeita.

Outro exemplo, é o presidente eleito argentino, Javier Milei que, diferente do ex-presidente brasileiro, após vencer as eleições, seu tom e discurso mudaram completamente, tornando mais suave e assim, ganhando maior credibilidade, inclusive, dos que o criticavam durante a campanha com discursos demasiadamente acalorados.

Voltando para o Brasil, Mato Grosso e na capital Cuiabá, a qual será palco de mais uma eleição municipal, tendo um pupilo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Abílio Brunini, que vem sendo o típico exemplo de como não agir na política.

Abílio teve uma passagem turbulenta como vereador. Tinha como seus pares na Câmara à época, o hoje deputado estadual, Diego Guimarães (Republicanos), Felipe Wellaton (PRD) possível vice de Eduardo Botelho (UB) e Marcelo Bussiki (PL), ausente da política. Outra passagem não menos turbulenta, mas com ares mais favoráveis, foi a disputa pela Prefeitura de Cuiabá. Por último, conseguiu através da “onda bolsonarista” se eleger para a Câmara Federal como deputado.

Dos seus pares à época, todos tiveram seus perfis lapidados, deixando para traz a alma de “cachorros loucos”, latindo e mordendo tudo e todos em nome da população e seus votos.

Já Abílio, ficou parado no tempo. Continua inspirado no ex-presidente Bolsonaro (até ele evoluiu pós derrota), segue insano com falas imaturas, inadequadas e inconsequentes sobre seus oponentes. Não é atoa os inúmeros processos e derrotas judiciais.

Abílio também segue na mesma linha com as pautas em plenários, causando verdadeiros tsunamis de críticas as suas falas descabidas e com viés egocêntrico e ares de autoritarismo. Postura a qual, os eleitores não toleram mais.

Já se passaram cinco anos e essa figura não conseguiu junto com seus assessores, tampouco consigo mesmo, avançar em qualquer sinal evolutivo, causando até mesmo nos que ainda querem nele acreditar, uma insegurança eleitoral.

A idade seria uma vantagem (?!). Ainda que, com muito tempo já perdido, o clássico chavão “nunca é tarde…” cairia como luva para o irreverente parlamentar.